Não é só com votos de rednecks (os “caipiras” versão USA) que se ganha uma eleição presidencial. Enquanto mídia e showbusiness passavam o pleito americano todo ridicularizando o eleitor de Donald Trump – e fazendo até pior com o próprio Trump – o eleitor não deu a menor bola. A verdade é que a maior parte do eleitorado republicano abraçou a campanha do empresário (alguns timidamente, quase envergonhados, outros com grande entusiasmo), ao contrário do que noticiavam os analistas políticos; e Trump ainda conseguiu cativar os indecisos e aumentar a pequena percentagem de votos entre aqueles que usualmente optam por políticos democratas: hispânicos e negros. Vejamos, com José Manuel Fernandes, alguns dados sobre aqueles que, com seu voto, disseram o esperado “you’re hired” para Trump.
Ele, o povo, e mais (quase) ninguém
Donald Trump teve de vencer a falta de apoio do próprio partido, especialmente nas primárias, e a falta de apoio de grandes porções da mídia conservadora. Quem o carregou no colo até a Casa Branca foi mesmo o povo. Ok, com a ajudinha do Julian Assange, do WikiLeaks, e mais uma meia dúzia de pessoas da mídia alternativa. Aos poucos, a resistência a Trump foi se desmanchando, na mesma medida em que os eleitores demonstravam que, a despeito dos escândalos em que se envolvera, iriam votar no republicano e ponto. Vilma Gryzinski comenta o desprezo ao candidato do GOP, fato que, em alguma medida, acabou por fortalecê-lo.
O vexame das pesquisas e análises da mídia
A eleição de Trump caiu como uma bomba na mídia mainstream, tanta na americana como na brasileira, e demais mundo afora. Entenda, com Alan Ghani, o que está acontecendo com alguns dos mais renomados jornalistas, cientistas políticos e intelectuais de modo geral para que estejam fazendo previsões tão desacertadas ultimamente.
Voto contra o aborto
Como apontaram as pesquisas de boca de urna, a principal fatia do eleitorado abocanhada por Trump é a dos cristãos, especialmente os evangélicos. Como isso foi possível? Há que se levar em conta o repúdio a Hillary Clinton, particularmente por seu endosso a pautas contrárias aos ensinamentos cristãos, como é o caso do aborto – para Hillary, opção que deveria ser concedida até os 9 meses de gestação, inclusive. Jorge Ferraz abomina a visão da democrata sobre o tema e argumenta que é razão bastante para motivar o voto em Trump.
O caso Benghazi
Como disse, o eleitorado de Trump é mais diversificado do que muitos imaginam. Sem dúvida, houve quem votasse no republicano apenas para afastar a perigosa Hillary da Casa Branca. “Perigosa?”, perguntariam os desinformados. Sim, e muito. Flávio Morgenstern explica em detalhes um dos escândalos que assombram a democrata: o caso Benghazi.
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