I
O amor foi criado para ser um poder insuperável e eterno, sendo concedido pelo seu próprio e Onipotente Criador.
É a mais primitiva, a mais universal e a mais poderosa maneira de aproximação das criaturas.
O amor é o mais perfeito e divinal acordo que pode ser feito entre duas pessoas; também entre um ser e uma coisa e, possivelmente, entre as coisas do Universo.
É a forma suprema do bem porque sublima e perpetua a Obra da Criação.
Não existe amor pela vontade de quem ama, mas sim como uma graça concedida.
Entre as diversas modalidades de amor sobrelevam-se o amor materno e o ámor generátor, esse que cria vidas.
O amor exige essenciais disposições: imperiosidade, atração, prazer, sublimação.
O amor é uma razão cósmica para uma obra infinita.
O amor que se esconde é como inexistente, pois deve viger através de ações e obras visíveis.
Se não houvesse amor não haveria vida e, de igual modo, não existiriam a fé, a esperança e a caridade.
II
O amor é a maior glória do ser humano, esse que o recebe para glorificar Aquele que o concede.
Somente o amor pode transformar o caráter das pessoas, bem como edificar e santificar as suas vidas. O amor é indefinível, tanto é da inteligência e do afeto, como é do corpo e do espírito, pois só quem ama o sabe assim.
Assim como não se ama porque se quis, não se deixa de amar por vontade própria.
O amor é uma força poderosa; com ele a pessoa é capaz de realizar aquilo que, sem ele, não faria.
O objeto daquele que ama torna-se um pertence seu, enquanto lhe pertencer.O amor não pode ser medido, assim como não pode ser aumentado ou diminuído.
As razões pessoais do amor são indefiníveis e dispensam o plano da lógica, pois quando o forem, deixa de ser amor.
Só ama verdadeiramente quem se coloca no objeto amado, pois, olvidando-se de si mesmo, vive uma outra vida.
O amor nunca é esquecido, pois aquele que começou a amar, sempre amará, neste mundo e na eternidade.
III
O amor só é integral quando é do corpo, da alma e do espírito.
O perdão e a caridade são formas dissimuladas de amor, o qual não é sentido integralmente porque é doado.
O amor é modificado quando se modificam as condições físicas e espirituais daquele que ama.
As dificuldades, ao em vez de dificultarem, fortalecem o amor.
O amor, na mente conturbada pelo egoísmo, pelo ciúme, pelos vícios e obsessões, ao em vez de um bem, torna-se um mal.
Aquele que, verdadeiramente, ama, nunca se ofende e sempre perdoa.
O amor só é digno deste nome quando não se arrefece com o tempo e as distâncias.
Se deixasse de existir amor, deixariam de existir todos os outros bens da Criação.
O amor tem a sua fonte primordial em Deus, pois foi por amor que Ele nos criou.
Aquele que sabe amar a Deus saberá amar o seu semelhante, com um perfeito amor.
Deixe sua opinião