“O sr. tem tudo para ser preso e o PT, para ser extinto”, disse o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB) ao tesoureiro petista João Vaccari, na CPI da Petrobras. No dia seguinte, houve a prisão do ex-petista André Vargas – que chegou a ser um dos homens mais poderosos do partido. Ele foi preso em Londrina, que hoje é uma cidade ferozmente antipetista. Mas nem sempre foi assim: os companheiros governaram o município por três vezes.
Fui petista até os 30 anos. Votei em Lula nas eleições de 1989, 1994 e 1998. Em 2000, escrevi o artigo publicado por Nedson Micheleti um dia antes de se eleger prefeito de Londrina. Quando eleitor em São Paulo, havia votado em Florestan Fernandes, Suplicy e Plínio de Arruda Sampaio. Depois que mudei meu título para o Paraná, votei em Cheida e Paulo Bernardo. Fiz textos de campanha e até bolei o primeiro slogan de Márcia Lopes, que depois foi ministra do governo do PT e é irmã de Gilberto Carvalho, homem forte do partido até hoje.
Acreditava sinceramente que o PT mudaria o Brasil para melhor. Tinha algumas dúvidas sobre a competência dos companheiros, mas acreditava em sua honestidade.
Depois da morte de Celso Daniel, em 2002, tudo mudou. Nunca mais consegui votar no PT, com exceção de 2004, em que votei em Nedson para evitar Antonio Belinati, mas me arrependi profundamente (deveria ter anulado o voto).
O Partido dos Trabalhadores não existe para promover o socialismo, nem a justiça social, nem o bem dos brasileiros. Existe exclusivamente para dominar o aparelho do Estado e controlar a vida das pessoas comuns. A corrupção promovida pelo PT não é uma aberração, nem mesmo uma doença: é uma forma de governo. Serão necessários muitos anos para reconstruir a nação corrompida pelos 13 anos de poder petista sobre a máquina do Estado.
A corrupção promovida pelo PT não é uma aberração: é uma forma de governo
Outros partidos – como o PSDB – têm esquemas de corrupção e gente mal-intencionada. Mas há uma diferença ontológica entre eles e o PT. O PT é um partido essencialmente movido a corrupção espiritual. Enquanto as pessoas continuarem acreditando que o PT é uma legenda igual às outras, continuarão sendo vítimas dele.
Sou absolutamente contrário a rupturas institucionais. Todas as revoluções socialistas da história não foram nada mais do que golpes de Estado. Precisamos evitar a todo custo as soluções golpistas. Isso é tudo que o PT quer, para se fazer de vítima. Golpista é aquele que se recusa a deixar o poder – e, nesse aspecto, o PT e a ditadura militar brasileira são iguaizinhos. Precisamos continuar saindo às ruas para defender o impeachment ou a renúncia de Dilma. O fim do PT está próximo. E depende de nós, pessoas comuns.
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode