“Gostei desse Cunha: vou prender por último.” Assim dizia a piada que circulou na internet na semana passada, com a foto do juiz Sergio Moro. A piada é boa porque apresenta Eduardo Cunha como aquilo que ele é: um subproduto da cultura criminosa dominante no Brasil. Um personagem ridiculamente menor, que voltará ao rodapé da história assim que perder o cargo. O mesmo se pode dizer da atual ocupante do Palácio do Planalto. São dois cadáveres políticos dignos do seriado The Walking Dead.
A cruzada jurídica liderada por Sergio Moro, embora louvável, contempla apenas um dos aspectos da hediondez petista: a corrupção financeira. Muito mais ampla e danosa é a corrupção ideológica e espiritual que utiliza as armas da cultura. O grande responsável por desmascarar essa forma de dominação mora no estado norte-americano da Virgínia e escreveu as mais importantes obras filosóficas do Brasil nas últimas décadas: seu nome é Olavo de Carvalho. Tive a honra de visitá-lo agora no fim de novembro, durante o II Encontro de Escritores Brasileiros na Virgínia, enquanto José Carlos Bumlai e Delcídio do Amaral iam para o xilindró.
Eduardo Cunha é um subproduto da cultura criminosa dominante no Brasil
O que há em comum entre as manifestações de 15 de março, as prisões de líderes petistas e a derrocada geral da esquerda brasileira? Uma frase: “Olavo tem razão”. Frase que foi lida e falada em todos os protestos contra o governo no país. Há mais de 20 anos, o filósofo brasileiro tem antecipado e desmascarado as estratégias da esquerda para construir uma nova hegemonia política após a queda do Muro de Berlim. Ele é atacado e odiado, especialmente pelos líderes e ideólogos de conhecida organização criminosa, por um único motivo: dizer a verdade. Mesmo aqueles liberais e conservadores que hoje atacam Olavo sabem, no fundo, que ele foi o maior responsável pela Grande Mudança no Brasil. O trabalho de Sergio Moro só se tornou possível porque, certo dia, um escritor corajoso decidiu romper a ilusão de que a esquerda era a guardiã da ética e da justiça social.
Só um escritor como Aldous Huxley ou um cineasta como Frank Capra poderiam imaginar o que seria o Brasil se Olavo de Carvalho não existisse. Pessoalmente, eu seria hoje um ser deprimido e desnorteado com a perda dos “verdadeiros ideais petistas” – que na verdade nunca passaram de uma mentira para dominar e sugar o país até a última gota de sangue. Se continuasse trilhando os caminhos da esquerda, é bem possível que hoje eu não tivesse uma família, um trabalho honesto, a esperança da salvação. Talvez estivesse preso ou louco. Talvez eu estivesse morto. E estou longe de ser o único. Obrigado, Olavo, por me salvar – e por salvar o Brasil.
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