Desde 1989, eu ainda nem votava, já defendia as campanhas do Partido dos Trabalhadores. Na ocasião, fiz a cabeça de toda minha família para votar em massa no Lula. Em 94, votei pela primeira vez na minha vida e o meu voto foi para o PT e, desde então, sempre votei no partido por julgá-lo acima dos demais no que dizia respeito à moralidade na política brasileira. Chorei com as derrotas e, muito mais, com a vitória do Lula em 2002. Ali tive esperanças que algo de novo iria ocorrer nas vidas de muitos brasileiros que, como eu, acreditavam na "bandeira ética do meu partido"... Que ilusão! Hoje eu estou muito envergonhado com tudo o que está acontecendo.
Leandro Augusto ArtoniCuritiba, PR
Futebol do interior
Nasci no interior do estado. Por muito tempo, não existia time de futebol em minha cidade. Eu, como todo brasileiro, sempre gostei muito de futebol. Tenho 36 anos e na minha infância pouco se ouvia falar, no interior do Paraná, de Atlético, Coritiba ou Paraná (Colorado/Pinheiros), a não ser nos medíocres campeonatos paranaenses. Então é mais do que óbvio que escolhi um time de outro estado para torcer. Até 1985, os times do Paraná (entenda-se times da capital) buscavam somente disputas estaduais e pouco se interessavam ou não tinham competência para alcançar algo em nível nacional. Agora querer dizer que o orgulho do estado depende de um time de futebol é ter realmente pouca ambição. Mas querer que alguém mude de time somente porque o time de seu estado conseguiu alguns bons resultados é realmente burrice. Desafio os clubes da capital (Coritiba, Atlético ou Paraná) a fazer um jogo contra qualquer time do Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul a mais de 100 km de Curitiba para ver que a maior torcida é dos times de outros estados nesta na cidade. Isso é culpa do torcedor dos outros times ou da total falta de competência e ambição dos times do Paraná? Faço votos que isso mude, mas esse processo vai demorar muitos anos e irá exigir trabalho sério em marketing esportivo.
Marco Antônio de Souza JuniorCascavel, PR
Desarmamento
Até aceito que o referendo para o desarmamento é importante. Temo que, agora, ele vai somente acabar desviando a atenção do problema crônico do país, que é a corrupção. Meu sonho seria participar de um referendo para reduzir o número excessivo de senadores, deputados federais e estaduais e vereadores, para diminuir o custo da pesada máquina administrativa, e desviar esses recursos para obras de infra-estrutura, educação e saúde. Além da economia direta, teríamos a indireta, partindo do pressuposto que, com menos corruptos, teríamos menos falcatruas. Infelizmente, é a realidade brasileira.
Jonny R. PraselCuritiba, PR
Honestidade
Ao afirmar em algumas de suas entrevistas que não existe ninguém, no Brasil, mais honesto do que ele, o presidente Lula chamou o restante da população brasileira de desonesta. Logo depois, em outra entrevista, disse que se o Brasil tivesse 180 milhões de pessoas iguais ao funcionário que devolveu a sacola com os 10 mil dólares, o país seria muito melhor. Acredito que sim, mas o exemplo deveria começar lá em Brasília.
Emilio MattosCuritiba, PR
Radar da discórdia
Estou solidário com o leitor Altair Ball e digo o seguinte: o radar da Vossoroca é escandaloso, vergonhoso, digno de pessoas sem conhecimento de trânsito para instalação do equipamento em tal local.
Aparecido CegattoCuritiba, PR
Trânsito e totens
Sobre as considerações registradas nesta coluna pelo leitor Oswaldo E. Aranha, a Urbs informa que instalou tachões refletivos para inibir a velocidade dos veículos que trafegam na Rua Raphael Papa. O trânsito naquela via será aliviado com a criação de binários (vias paralelas com sentidos opostos) previstos no projeto do Eixo Metropolitano. Quanto aos totens informativos (previstos na lei municipal 10.506/02), eles foram instalados no canteiro central da Avenida Washington Luiz, dentro de critérios que levam em conta a boa visibilidade e grande circulação de pedestres e veículos. A instalação deste mobiliário também considera a instalação em locais em que não obstruam a circulação de pedestres ou veículos; não conflitem com placas de sinalização de trânsito; não interfiram na visibilidade para a travessia de pedestres; e também não interfiram na conversão e manobras de veículos. Além dos totens para publicidade a que se refere o leitor (em toda cidade são 1.580 unidades), o mobiliário urbano tem 8.550 equipamentos instalados, o que inclui lixeiras, placas de ciclovia e totens com informações de utilidade pública.
Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba
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