Na última semana, apareceram denúncias de entidades fantasmas que descobriram uma forma de "abocanhar" verbas públicas, aproveitando-se da falta de fiscalização do governo federal. São entidades que se dizem promotoras de eventos culturais e que conseguem a liberação de emendas parlamentares por meio do Ministério do Turismo. Foi o caso envolvendo o senador Gim Argello (PTB-DF), que, após ter seu nome envolvido em denúncia de irregularidades, renunciou ao cargo de relator e se retirou da Comissão Mista de Orçamento. Ontem, foi a vez do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, denunciado por ter assinado uma declaração que permitiu ao Instituto Brasil de Arte, Esporte, Cultura e Lazer (Inbrasil) entidade supostamente fantasma captar R$ 3,1 milhões no Ministério do Turismo. Os casos ainda não foram plenamente investigados, mas tudo indica que, independentemente da participação do senador e do ministro, o Ministério do Turismo é falho quando repassa verbas para entidades promotoras de eventos. Além de serem fantasmas, conseguem verbas supostamente para eventos feitos sem o devido processo licitatório. Uma prática irregular desde o início, mesmo se tais organizações estivessem funcionando de forma regular.
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