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A Polícia Federal deve ou não fazer uso de algemas quando ocorre a prisão de possíveis envolvidos em negócios escusos ou mal-explicados? Estaria extrapolando nas suas atribuições ao agir dessa forma? A questão ganhou destaque diante da reação irritada da presidente Dilma Rousseff, que teria considerado abusiva a ação dos agentes federais ao prenderem e algemarem 35 envolvidos na operação "Voucher". Através dela, foi desmantelada uma quadrilha que desviava recursos do Ministério do Turismo através de ONGs de fachada. Em apenas um convênio firmado com uma entidade do Amapá foram surrupiados dos cofres públicos mais de R$ 4 milhões, segundo revelaram as investigações que também mostraram o possível envolvimento de entidades aqui do Paraná no esquema. As queixas de Dilma, endossadas pelo ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, acabaram azedando as relações com a PF, que rebateu as críticas ao afirmar que agiu dentro da lei e que a instituição não pode ser pautada pela agenda política do governo. Em tempos de tantas denúncias de negociatas com o dinheiro público, a presença da Polícia Federal atuando contra o crime organizado, nos estritos limites legais, é positiva e não pode sofrer pressões superiores.

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