Os trabalhos no Congresso Nacional iniciam-se com a necessidade de o governo tentar aprovar o fundo de previdência complementar do funcionalismo. A missão do governo é aprovar tal mudança antes do carnaval, algo difícil de ser colocado em prática, não somente pela resistência da oposição como a dos sindicatos dos servidores. Mesmo que a votação seja realizada somente após o feriado, não há mais como adiá-la. Está impossível sustentar o déficit previdenciário, que somente com o funcionalismo é de R$ 52 bilhões. Essa questão está madura para discussão, sendo que outros países já se defrontaram com mudanças estruturais em seus sistemas previdenciários, seja porque as pessoas estão vivendo cada vez mais, seja porque a relação entre pagantes e aposentados vem decrescendo. Também não há como sustentar e viabilizar mudanças que atinjam apenas os trabalhadores privados, mantendo o país dividido em duas classes. Os funcionários públicos não deveriam temer a discussão, pois a criação de um sistema de previdência complementar, capaz de pagar aposentadorias e pensões acima do teto do INSS, é fórmula já testada de garantia da renda na aposentadoria.
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