A Casa Civil da Presidência da República prorrogou, ontem, por mais 20 dias, a sindicância instaurada em setembro para investigar suposta prática de influência na Casa Civil, com envolvimento da ex-ministra Erenice Guerra. Ex-braço direito da presidente eleita Dilma Rousseff, Erenice a sucedeu na chefia da Casa Civil. O motivo apresentado, segundo o órgão, foi a necessidade de mais tempo para analisar as informações levantadas durante o trabalho de investigação. A sindicância iniciada durante a campanha eleitoral, pareceu ter seu desfecho adiado para não atrapalhar o processo eleitoral, evitando, assim, um provável desgaste da candidatura da petista. Agora não é possível entender para que protelar o desfecho dessa apuração. A própria presidente eleita disse, diversas vezes, que qualquer suspeita de malversação no governo federal deveria ser investigado com rigor. Espera-se que o mais novo adiamento seja, efetivamente, para uma apuração mais precisa dos fatos, e não uma tentativa de levar o caso para o esquecimento.
EDITORIAL 2