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Começam hoje, em Curitiba, as Conferências da ONU sobre Biodiversidade e Biossegurança, que até o fim do mês deverão reunir na capital paranaense mais de 5 mil participantes de 159 países, além de ministros de estado, que serão recebidos pelo Presidente da República e líderes governamentais brasileiros. Importantes por sinalizarem a urgência na busca de um desenvolvimento que equilibre resultados econômicos com a conservação do meio ambiente, os eventos firmam a posição de Curitiba como cidade-referência na área internacional.

Nesse sentido, durante encontro de difusão para estudantes universitários, realizado pelo Centro de Relações Internacionais do Paraná, o professor Ramiro Warhrafitg, coordenador da Comissão local de apoio, informou que a cidade está preparada para recepcionar os delegados em alto nível, mediante uma "Celebração da Biodiversidade". Além de milhares de voluntários, especialistas em turismo, taxistas, policiais, pessoal de saúde e outros servidores públicos estão colocados à disposição dos eventos – relevantes inclusive do ponto de vista nacional.

De fato, a 8.ª Conferência de países membros da Convenção da ONU sobre Biodiversidade (COP8) é o maior evento da área no país desde a Conferência Rio-92, devendo trazer a Curitiba ministros e delegações, para o debate da situação atual na proteção de espécies vivas, vegetais e animais. O tema interessa ao Brasil por deter um dos maiores patrimônios biológicos do planeta e, ainda, por que sua preservação está vinculada à mudança climática que atravessamos.

Por sua vez, o 3.º Encontro sobre o Protocolo de Cartagena de Biossegurança (MOP3) promete provocar polêmica por sua pauta, que discutirá padrões para o manejo e trânsito internacional de organismos geneticamente modificados – os transgênicos –; tema de interesse dos produtores brasileiros, de bens agropecuários, insumos industriais e farmacêuticos etc. Outro evento preparatório foi o seminário sobre a globalização, levado a efeito por várias entidades na Assembléia Legislativa: o fenômeno mundial afeta todos os países, mas pode ser enfrentado com boa gestão da economia e esforços em educação.

Essa declaração, do economista-chefe da consultoria GRC Visão, Pedro Bartolomei, não mascara o achatamento da classe média, diagnosticado por um estudo recente no Brasil, porém de dimensão mundial. Todavia, enquanto países asiáticos, como China e Índia, enfrentam o problema de modo positivo, integrando-se à corrente de produção de bens e serviços, outros, como os da América Latina, se refugiam numa reação negativa, tardando em oferecer respostas à globalização.

No cenário internacional ainda – além da morte inesperada do ex-líder sérvio Milosevic, que estava sendo julgado por crimes contra a humanidade –, há sinais de redução na temperatura da crise que opõe o Irã a potências ocidentais sobre o programa nuclear do país dos aiatolás islâmicos. Trata-se de boa notícia para um mundo estressado por outros conflitos.

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