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A adesão de todos os partidos com representantes na Câmara Municipal de Curitiba para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as suspeitas contra o presidente da Casa, João Cláudio Derosso (PSDB), deve ser considerada um importante passo do Legislativo municipal. Os vereadores assinaram um documento no qual mostram a vontade de apurar as denúncias e tomar as providências cabíveis.

Por esse motivo, espera-se que a bancada aliada ao presidente da Casa, como os integrantes do seu partido, PSDB, tenham aderido ao pedido com essa intenção. Será negativo para os próprios vereadores caso ocorra uma operação de "abafa", com indicação dos aliados a Derosso para a presidência e relatoria da CPI com o intuito de minimizar as acusações. A CPI pode até chegar a conclusão de que são falsas, ou menores, as denúncias. Mas de forma verdadeira, depois de todas as partes ouvidas, os procedimentos em cada caso analisados, os documentos e gastos conferidos.

O momento exige cautela para governistas, oposicionistas e sociedade. Dos vereadores governistas espera-se que não caiam na tentação de conduzir uma operação para abafar o caso, ou impedir a realização de investigação que esclareça as denúncias – de favorecimento da esposa do presidente da Câmara em licitação de contratos de publicidade, de contratação irregular de funcionários e de contratação de sua cunhada para cargo comissionado, o que caracteriza nepotismo. Dos oposicionistas espera-se que concentrem sua atenção em esclarecer os fatos, sem usá-los meramente para atacar seus adversários políticos. E da sociedade espera-se que permaneça atenta à condução política dos fatos para poder avaliar a conduta de seus representantes na Câmara.

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