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Trabalhar transportando dezenas de pessoas exige atenção, paciência e concentração. Mas nos últimos anos tem sido muito difícil exigir esses atributos dos motoristas do transporte público de Curitiba e região metropolitana. Eles precisam estar atentos não apenas ao sinais de trânsito, aos limites de velocidade e ao embarque e desembarque de passageiros, mas também aos horários, à co­­brança de passagens e aos atos de vandalismo a ônibus e a estações-tubo, como revelou ontem matéria publicada pela Gazeta do Povo. Uma falha em um desses quesitos pode representar uma multa aplicada pelos atentos fiscais da Urbs, que fazem seu trabalho baseados em uma tabela de horários de 1994, quando a frota de veículos da cidade era a metade da atual, havia menos semáforos, menos lombadas e menos passageiros. Mesmo com o trânsito engarrafado, se o motorista atrasa dois ou três minutos, será multado. Essa é uma das razões para que aumente a velocidade ou fure sinais, o que coloca em risco a segurança de passageiros, pedestres e de outros motoristas. As cobranças pelo bom funcionamento do sistema são sim importantes e necessárias para coibir abusos e garantir a segurança dos usuários, contudo está na hora de a Urbs rever seus critérios de co­­bran­­ça para que os motoristas possam fazer seu trabalho com a tranquilidade que a posição exige.

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