Se o governo do estado realmente cumprir a promessa de construir até o fim do primeiro semestre 120 celas modulares, poderá enfim ser reduzido o problema da superlotação das cadeias nas delegacias de Curitiba e região metropolitana. A situação da carceragem, que já era preocupante, agravou-se no último ano. Das 27 delegacias da região metropolitana de Curitiba, 88% estão com superlotação. Este fato tem sido motivo para frequentes denúncias de violação dos direitos humanos e rebeliões de presos. Como a que ocorreu há duas semanas, no 11º Distrito Policial de Curitiba. Lá estavam 176 presos em um espaço com capacidade para 48 pessoas. A rebelião deixou um detento morto e três feridos. Na semana que passou, a superlotação também foi o estopim para uma rebelião na delegacia de Campo Largo, onde 132 presos dividiam um espaço destinado para 28 pessoas. As novas celas, com tecnologia de fácil aplicação, são apenas uma solução momentânea e paliativa para a superlotação, mas representam um avanço do ponto de vista do direito dos presos. Para acabar com o problema de fato, será preciso que a justiça agilize o julgamento dos detidos em condição provisória.
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