Foi dada a partida para a fase pública das campanhas eleitorais deste ano. Encer­­radas a disputa interna e a formação das alianças nas convenções partidárias realizadas em junho, os candidatos à Presidência da República, aos governos dos estados, ao Senado Federal e à Câmara dos Deputados, no Paraná e no Brasil afora, lançam-se às ruas para expor ideias, influenciar o povo e conquistar os votos de que pre­­cisam para se elegerem. E logo no início da se­­gunda quinzena de agosto, outra etapa da campanha, ainda mais importante, ganhará a força da televisão e do rádio nos horários gratuitos reservados pela Justiça Eleitoral.

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Se até há poucas semanas os preparativos se desenrolavam prioritariamente em salas e gabinetes fechados, fora do alcance e da influência di­­reta do povo, dá-se a partir de agora a oportunidade para o cidadão comum iniciar o processo in­­­­dividual de fazer a melhor escolha dentre os can­­didatos que – nestas salas inacessíveis – fo­­ram designados por suas legendas e coligações para disputar os cargos.

Comícios, reuniões, folhetos, jornais e bem produzidos programas televisivos inundarão o universo do nosso cotidiano, enaltecendo biografias, lembrando obras e ações realizadas e registrando novas promessas dos candidatos. Sem dúvida, esses são alguns dos meios de que o eleitor pode se valer para formar a sua opinião. Mas, também sem nenhuma dúvida, não são os meios mais confiáveis, pois que estarão naturalmente impregnados pela linguagem da propaganda, muitas vezes enganosa e mal-intencionada.

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O eleitor precisa precaver-se contra isso, assim como contra outros métodos de convencimento tão heterodoxos quanto, até mesmo, criminosos utilizados por candidatos inescrupulosos, como a infelizmente comum oferta de vantagens pessoais em troca do seu voto. Nem mesmo os programas de rádio e televisão, nos quais os postulantes aos mandatos públicos se expõem mais diretamente, são suficientes para que a opção se dê com o grau de confiança proporcional ao valor e à responsabilidade que temos de fazer a melhor escolha. Afinal, é pelo nosso voto que podemos ajudar a construir a sociedade melhor que todos almejamos. É com ele que podemos, e precisamos, eleger pessoas mais dignas, mais honestas, mais capacitadas e, principalmente, pessoas com um verdadeiro espírito público. Precisamos estar convencidos de que a escolha correta dos candidatos e um mínimo de participação política serão sempre as melhores armas para o fortalecimento das instituições e para a construção de um verdadeiro Estado Democrático de Direito.

Pensando exatamente nessas dificuldades, que se repetem a cada eleição, a Rede Paranaense de Comunicação (RPC) inicia agora também a segunda fase da campanha Voto Consciente, lançada no mês de abril passado. Como maior grupo de comunicação do Paraná, alcançando milhares de leitores, ouvintes, internautas e telespectadores em todo o território estadual, sentimo-nos no dever de contribuir para que o eleitor tenha os elementos mais amplos e seguros para fazer a melhor escolha.

Concretamente, esta segunda fase consistirá em colocar à disposição da população a maior quantidade de informações úteis e de qualidade sobre os órgãos públicos e suas principais atividades, assim como sobre os cargos políticos ora em disputa e suas principais funções. Procuraremos mostrar igualmente o funcionamento das instituições nas esferas federal, estadual e municipal, e como eles – os políticos e as instituições – por ação ou omissão influenciam ou determinam o futuro da sociedade.

Essa premissa servirá para demonstrar quanto o voto de cada um pode representar na construção de perspectivas melhores para a coletividade – o que significa despertar nos paranaenses a consciência política para a necessidade de saber escolher aqueles que melhor encarnarem os sonhos de justiça e de bem-estar social.