Assustado com a queda na produção nacional, o governo está sendo obrigado a rever suas projeções de arrecadação tributária e de gastos públicos. Declarações iniciais informam que o governo federal pode adiar o pagamento de reajustes salariais prometidos ao funcionalismo. O problema é que os gastos correntes do governo (pessoal, material e despesas de custeio) vêm sendo aumentados de forma exagerada desde que Lula assumiu. Não tendo feito sua tarefa de casa no sentido de manter a austeridade e de evitar o excesso de contratações e inchaço da máquina pública, o governo ficou diante da difícil decisão de manter ou não a redução do IPI sobre veículos, mesmo sabendo que essa redução provocou aumento nas vendas e evitou mais desemprego. Governo que gasta demais perde margem de manobra e vira refém do estouro das contas públicas. Nesse ponto, o governo Lula virou prisioneiro da sua própria armadilha e, por isso, teme perder arrecadação final caso mantenha a redução da alíquota de IPI sobre carros novos.
Editorial 2