No primeiro mês da Campanha Nacional de Desarmamento no Paraná foram recolhidas apenas 297 armas. A constatação abre espaço para algumas considerações em torno do resultado inicial, muito aquém do esperado pelas autoridades. Mesmo com o governo incentivando a população com o pagamento de R$ 100 a R$ 300 por revólver ou espingarda entregue, os paranaenses parecem que ainda não se sensibilizaram com os apelos em prol da redução da quantidade de armas em mãos de particulares. Legalizadas ou não, o fato é que um grande número delas encontra-se em poder dos cidadãos que por motivos vários não estão dispostos a entregá-las. A descrença na capacidade dos órgãos policiais de garantirem a segurança da sociedade deve ser cogitada no elenco das hipóteses possíveis para justificar esse pouco interesse. A arma então seria uma forma – ainda que questionável – de autoproteção. Apesar das dificuldades todas em prol de uma sensibilização maior, a campanha é importante e deve continuar; principalmente quando se sabe que 72% das mortes violentas ocorridas no Paraná decorrem do uso de armas de fogo, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios.

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