Durante quase um mês, os clientes da Caixa Econômica Federal, um banco de caráter eminentemente social, sofreram as agruras da greve mantida pelos funcionários da instituição. A greve acabou. O sofrimento dos cidadãos que dependem dos serviços do banco não. Nos últimos dias filas enormes formaram-se diante das agências. Muitos acabaram desistindo de esperar pelo atendimento. É o usuário, mais uma vez, a pagar o preço pela greve. A ficar sem serviços pelos quais não pode esperar: como o saque dos recursos do FGTS ou a entrega do Cartão Cidadão, através do qual é pago o seguro-desemprego. Nem o reforço das equipes, anunciado pela direção do banco, evitou a lentidão dos serviços. O saldo deixado pela paralisação dos funcionários da CEF evidencia que o direito à greve deve ser exercido com mais responsabilidade.
Editorial 2