Entre as mudanças impostas pelo TSE para as próximas eleições, uma decorre do efeito Obama, que desembarcou por aqui. Baseados na bem-sucedida experiência do presidente norte-americano, os candidatos brasileiros poderão receber dinheiro diretamente dos eleitores. Na velha máxima "de grão em grão", Obama conseguiu manter seu posicionamento de não receber o financiamento público de campanha e a ousadia lhe rendeu. Arrecadou US$ 500 milhões de forma on-line, valor recorde de doações. No Brasil, pela resolução aprovada pelo TSE, as doações por meio do cartão de crédito e débito poderão ser feitas até o dia da eleição. Esperemos para ver se a novidade dará certo por aqui. Políticos brasileiros estão em baixa de popularidade e a falta de esperança na mudança de comportamento deles pode fazer com que tais doações sejam insignificantes. Por outro lado, caso os eleitores se sensibilizem, pode ser uma forma de diminuir a importância da doação de grandes empresas, que ficam em suspeição pela vantagem que podem receber em processos licitatórios, caso o candidato a quem doaram seja o vencedor.
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