Quem precisou viajar de avião neste feriadão encontrou uma situação até certo ponto inusitada: apenas 5% dos vôos nos primeiros dois dias registraram atrasos significativos bem ao contrário da situação caótica registrada nos mais recentes feriados prolongados e, ao longo dos últimos quase 12 meses no dia-a-dia do transporte aéreo brasileiro. Estaria a situação voltando à normalidade? É cedo ainda para fazer afirmação peremptória a respeito, mas é forçoso reconhecer que, a despeito da persistência de muitos dos fatores que levaram o setor à mais completa desordem, já são palpáveis os avanços verificados desde a posse, há um mês, do novo ministro da Defesa, Nelson Jobim. De um lado, isto é, no campo burocrático e administrativo, ele obteve expressivas vitórias, como a substituição da diretoria da Infraero e a renúncia de pelo menos três diretores da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) organismos apontados como principais responsáveis pela anarquia que se instalou. Do ponto de vista infra-estrutural, no entanto, são enormes ainda os desafios que terá de vencer e que vão da modernização do sistema de controle de vôo à construção e adequação de aeroportos. Pelos primeiros resultados obtidos, é lícito dar a Jobim o voto de confiança que, por enquanto, está de fato merecendo.
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