Estudo do Ipea sobre o setor aéreo brasileiro revela que dez aeroportos brasileiros estão esgotados. O Afonso Pena, em São José dos Pinhais, é um deles. A cada hora são aceitos 18 pedidos para pouso e decolagem, mas o limite do terminal seriam apenas 14. Em Manaus, a situação é ainda mais crítica: a capacidade é para apenas 9 pousos e decolagens por hora, mas os pedidos chegam a 17. Essa falha de infraestrutura chega a afetar as empresas da Zona Franca. À Gazeta do Povo, um ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que há cinco soluções para o problema. Todas elas envolvem a iniciativa privada em maior ou menor grau. Fato é que estamos a apenas quatro anos da realização da Copa do Mundo no Brasil e, se as obras nos estádios ainda não saíram do papel, as prometidas para melhorar todo o setor de infraestrutura de transportes das cidades-sede parecem que estão cada vez mais longe de se tornarem realidade. Tanto Curitiba quanto Manaus deverão receber jogos do mundial. Mas, se os investimentos previstos no PAC da Copa não começarem a ser feitos rapidamente, o caos aéreo de 2006/2007 irá se repetir muito antes do que pode ser previsto.
Editorial 2