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A Rede de Informação Tecnológica Latino-Ame­­ricana, a Ritla, aponta que em meados dos anos 2000, 55% dos jovens paranaenses estavam fora da escola ou em processo de evasão – algo como 900 mil pessoas. Os que permanecem a postos nas carteiras e cumprem provas do Enem o fazem nesse cenário de evasão e escolarização sofrível.

No resto do país não é diferente – pode-se argumentar. Mas fica o gosto amargo da riqueza que não promove, com agressividade, a escola. E que se conforma em estar na média nacional. É questão grave.

Dados da Pesquisa Nacional de Amostras em Domicílio, Pnad, de 2006, mostraram que 40% dos jovens brasileiros fora da escola citaram a falta de interesse como motivo do abandono. Ora, não foi a necessidade de sustento ou o turno noturno, mas as aulas que não dizem a que veio.

Evadidos, jovens lançam-se com fúria a um mercado de trabalho que só pode lhes dar alguma coisa num curto prazo. A estimativa é que entre 68% e 71% dos brasileiros de 15 a 17 anos, na última década, conciliem o ensino médio com a vida operária. Eles podem até não reconhecer, mas estão sendo roubados no direito de estudar. Em pouco tempo, acharão que é tarde para voltar para escola. A velha história se repete.

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