Lula vive repetindo que nunca engoliu o fato de o Senado ter derrubado a CPMF. Por isso, os parlamentares da base aliada do governo se sentem à vontade para propor a recriação do imposto do cheque. A proposta renasceu, de novo, e ganhou força nas últimas semanas, apesar da reação contrária da sociedade. Uma questão precisa ficar esclarecida: caso seja recriado um tributo específico para a saúde, nada impede que o governo reduza a fatia que o Ministério da Saúde tem no Orçamento Geral da União, de forma a manter o total da dotação orçamentária para o setor. Portanto a conversa do ministro da Saúde de que sem o novo tributo a saúde não vai melhorar é uma cantilena que não cola mais. Foi com a mesma história que o então ministro Adib Jatene conseguiu a aprovação da CPMF. E a população sabe que o argumento é falso.
Editorial 2