Canteiros de obras que martelam a cabeça de quem mora nas proximidades, casas noturnas, caixas de som do comércio, alarmes de casas e veículos, sirenes e motoristas que não respeitam a legislação, buzinando em áreas onde deveria imperar o silêncio, próximas a hospitais. Tudo contribui e se multiplica. Não apenas o trânsito virou um grande transtorno para quem mora em Curitiba e região metropolitana. Embora fique, via de regra, em plano secundário, a questão da poluição sonora assumiu um grau cada vez mais perigoso para a saúde da população. Decorrem dela problemas de audição, insônia, depressão e irritabilidade, e que vão desaguar em outras fontes de explosões que irão marcar o cotidiano. A poluição sonora, aliás, perturba não apenas as pessoas. Um estudo mostra que os pássaros modificam o canto, aparentemente em resposta ao barulho de carros e buzinas. Pode-se imaginar, a partir daí, o que ocorre, então, na cabeça do ser humano e se reflete em seu comportamento. Súbitos ataques de fúria acabam provocando atos de violência no trânsito, no trabalho ou contra vizinhos, tragédias por motivos fúteis. A algaravia urbana dispara por falta de conscientização e é agravada pela total ausência de fiscalização dos ditos órgãos responsáveis, sejam municipais ou estaduais.

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