Ouça um bom conselho. É hora de lutar por políticas culturais capazes de sanar um problema de base: o elitismo. O raciocínio é simples. Embora representem apenas 12% da população nacional, as classes A e B respondem por 47% dos gastos com cultura no país. Por ausência de um discurso social para o setor, o mercado se direciona para essa minoria e inflaciona seus preços, excluindo os demais do show. Não à toa, o pesquisador Luiz Carlos Prestes Filho, da PUCRJ, defende um índice de desenvolvimento cultural, nos moldes do IDH. Questão de cidadania. Alguém discorda? À revelia dos investimentos pífios, o mercado da cultura no Brasil cresce cerca de 5% ao ano e emprega 4,2 milhões de brasileiros. É um bom momento para expandir a geografia dos espaços de arte. Dados do BNDES mostram que o Brasil, afinal, tem uma sala de cinema para cada 90 mil pessoas, contra 37,7 mil na Argentina, 7,7 mil nos EUA e 11,4 mil na França. Por aqui, há uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes. Dados do Instituto Pró-Livro estimam que cerca de 73% dos brasileiros não frequentam salas de leitura. Não explica muita coisa. Mas explica tudo.
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