Mesmo após a experiência fracassada no início do ano, os organizadores do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) parecem não ter aprendido a lição. Os dados divulgados pela Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR) sobre o número de matriculados na instituição após a primeira chamada impressionam: somente 26,74% das vagas ofertadas pela instituição foram preenchidas. Das 2.696 vagas, 721 foram ocupadas pelos calouros. Na edição do início do ano, a porcentagem foi bem maior: 40% de matriculados da primeira lista. Mesmo assim, muitos alunos só garantiram uma vaga quatro semanas após o início das aulas, o que pode prejudicar o desempenho acadêmico. O chefe do Departamento de Processos Seletivos da UTFPR afirmou em reportagem da Gazeta do Povo que esses números não representam o fracasso do Sisu e que as pessoas precisam se acostumar à metodologia do processo que é diferente da do vestibular tradicional. Segundo ele, a universidade está preparada para que as vagas sejam preenchidas em no máximo seis chamadas antes do início das aulas, o que não deve acarretar deficiências acadêmicas aos calouros. A proposta do Sisu é boa porque pretende que todas as vagas em escolas federais de ensino superior sejam preenchidas. Mas o MEC precisa rever o seu formato, porque até o momento o número de vagas ociosas tem sido superior às que sobravam com o velho modelo do vestibular. E vaga ociosa significa desperdício de di­­nheiro do contribuinte.

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