Os últimos fatos relacionados à extradição do condenado à prisão perpétua na Itália Cesare Battisti estão dando, felizmente, novas esperanças ao governo italiano. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, determinou nesta sexta-feira que o criminoso italiano permaneça preso. Peluso rejeitou o pedido dos advogados de Battisti para que ele fosse solto, já que o ex-presidente Lula, em seu último dia de governo, tinha decidido que o italiano não deveria ser extraditado para a Itália. O presidente do STF determinou ainda que o processo seja encaminhado ao relator do caso, ministro Gilmar Mendes, "que reapreciará os pedidos se for o caso". Além disso, a sociedade brasileira demonstra que não concorda com a decisão de Lula: o deputado federal eleito Fernando Francischini ajuizou ação popular em que pede a anulação do ato que negou a extradição. O deputado pede que seja seguida a determinação judicial de sua extradição. Tais fatos causaram a comemoração do ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, que disse estar contente por os juízes brasileiros e a opinião pública italiana terem entendido que não é possível que Battisti não seja extraditado. Como se vê, o STF tem agora duas chances para corrigir o erro do ex-presidente Lula, e honrar, assim, o acordo de extradição firmado com a Itália.
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