A situação brasileira em termos de reciclagem de resíduos sólidos não é das melhores. Em 2008, só 13% desse material foi reprocessado, e o índice cresce a apenas 1% ao ano. O número está relacionado à falta de coleta seletiva, inexistente em 43% dos municípios brasileiros. Mas a geração de lixo está em alta: cresceu 8% nos dois últimos anos. Essa realidade pode começar a sofrer alterações ainda este ano a depender da vontade de nossos senadores. Estava agendada para ontem a apreciação no Senado do projeto de lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos, mas, por questões regimentais, os parlamentares adiaram a discussão mais uma vez. O texto tramita há duas décadas no Congresso Nacional e foi aprovado pela Câmara em março. Entre as medidas previstas na proposta está a responsabilidade de recolher o lixo eletrônico por parte dos fabricantes; cada componente dessas mercadorias ter sua própria cadeia de reciclagem; e a parceria com cooperativas de catadores de materiais recicláveis. O adiamento de ontem revela um descaso dos nossos representantes com as questões ambientais.
EDITORIAL 2