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Pressuroso em dar como certa sua vitória e colher os frutos políticos com exclusividade, o governo do estado anunciou na segunda-feira passada que o governo federal havia, enfim, atendido seu pedido de cancelar a cobrança da multa e de devolver-lhe os valores já recolhidos em razão do descumprimento do acordo firmado em 1998 e que obrigava o Paraná a honrar o pagamento de títulos podres que lhe foram transferidos quando da privatização do Banestado. Dizia-se que já no dia seguinte o Senado referendaria a decisão. Na verdade, não ocorreu nem uma coisa nem outra: a rigorosa Secretaria do Tesouro Nacional apenas devolveu ao Senado a responsabilidade de decidir, pressuposto que já se conhecia desde o início das discussões. E, ao receber a incumbência de estudar a legalidade da medida, o Senado dará curso normal agora a um projeto de resolução – cujo debate só se dará no próximo semestre, cumpridas todas as normas regimentais. Compreende-se, por um lado, o açodamento do governo, premido por dificuldades de caixa, mas não se concebe que faça da questão da multa um instrumento de propaganda e de aproveitamento político – até porque é notório o insistente esforço que se desenvolve para marginalizar os representantes paranaenses no Congresso que, atendendo a seu chamado, batalham para viabilizar o intento.

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