Neste ano de eleições gerais, o governo resolveu tramitar, no Congresso Nacional, o projeto sobre o marco regulatório da mineração. Conhecendo a pouca disposição de Lula para embates com governadores e prefeitos (já que o presidente gosta de ficar bem com todos), a briga entre a União, estados e municípios, pela partilha das receitas oriundas da exploração mineral, promete ser árdua e demorada. A eleição é um elemento perturbador desse debate, já que as alianças políticas e os interesses eleitorais vão ditar o comportamento do governo e, sobretudo, dos parlamentares. Não há boa previsão para o andamento desse projeto, sendo que a discussão pode nem caminhar muito até o resultado das eleições. Se há um ano ruim para tramitação legislativa de temas difíceis e polêmicos, certamente é o ano de eleições gerais, como é o caso de 2010. O pior lado desse panorama é o atraso na aprovação das regras para o setor e o consequente atraso nos investimentos em projetos de mineração.
Editorial 2