Às vésperas da realização da Copa do Mundo no Brasil e da Olimpíada no Rio de Janeiro, o país volta a enfrentar um problema de infraestrutura que se tornou recorrente por aqui: o caos aéreo. A situação costuma ocorrer durante as festas de fim de ano e no início ou fim de férias escolares, justamente quando aumenta o número de passageiros em trânsito. Os cancelamentos e atrasos de voos da Gol, que deixaram centenas de passageiros a pé, revela que não estamos preparados para sediar tais eventos. Além disso, a falta de infraestrutura atravanca o desenvolvimento da nação, pois, se há a geração de riquezas, elas precisam ser transportadas, e, com o aumento do poder aquisitivo, as pessoas viajam mais. Não é possível que a negligência dos governantes das últimas duas décadas com relação a investimentos no setor de transporte perdure por mais tempo. Não basta instalar os juizados especiais nos aeroportos para resolver problemas pontuais dos passageiros, é preciso que empresas aéreas respeitem as regras impostas e que o governo invista no setor. Caso contrário, a Copa do Mundo e a Olimpíada serão dois grandes fiascos que apenas servirão para afastar os turistas estrangeiros de nosso país.
Editorial 2