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A intervenção ocorrida na terça-feira passada na sede da operadora de tevê a cabo Cablevisión se tornou mais uma batalha da guerra travada entre o grupo Clarín – o maior do setor multimídia da Argentina – e a presidente Cristina Kirchner. Quem ordenou que 50 agentes da polícia militar entrassem na sede da Cablevisión em Buenos Aires foi o juiz federal Walter Bento, da província de Mendonza. Segundo o magistrado, há denúncias de exercício presumível de concorrência desleal e posição dominante. Mas o diretor-geral da Cablevisión, Carlos Moltini, acusou o grupo Vila-Manzano em aliança com a presidente Cristina de querer acabar com as operações da empresa e do grupo Clarín. "A presença de mais de 50 policiais exibindo armas na sede central, em um atitude intimidante e opressiva, configura um fato de indiscutível gravidade, sem dúvida parte de um capítulo da ofensiva do governo contra a mídia não governista", disse ele em nota. Se realmente há ilícitos praticados pelo grupo de mídia, é claro que cabem investigações com as devidas punições aos culpados. Contudo, é inadmissível que as empresas de comunicação sofram qualquer tipo de retaliação apenas por serem contra o governante de plantão. Espera-se que a Justiça não ceda aos apelos de governos autoritários, sob pena de que uma democracia falseada seja instaurada.

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