Os professores do ensino básico de todo o país contam agora com a proteção de uma lei federal que lhes garante piso salarial de R$ 950. Pouco, diante da responsabilidade e importância social dos educadores. Talvez muito em relação à capacidade de estados e municípios arcarem com o valor em razão do efeito cascata que tal piso acarretará sobre os escalões superiores dos planos de carreira do magistério. Não entremos, no entanto, nesta discussão que leva em conta tão somente aspectos orçamentários, mas examinemos tão somente o infeliz repercussão de que o assunto tomou no Paraná. O Paraná é um dos cinco estados que se insurgiram contra a lei e ingressaram com uma ação de declaração de inconstitucionalidade (Adin) junto ao Supremo Tribunal Federal, alegando que ela fere o princípio da autonomia federativa e por impor despesas que só podem se definidas pelos próprios estados e municípios. A iniciativa do governador suscitou a mobilização crítica de vários partidos e entidades de representação do magistério. E o que vimos, como reação do governo, foi a contraditória proposta de conceder um piso ainda maior, de R$ 1.392, do que aquele contra o qual ele próprio se insurgiu. Estamos diante, pois, de mais um caso de bazófia – como tantos já protagonizados anteriormente pelo governador. Infelizmente, agora, sobre o mais sério de todos os assuntos, a educação. A educação e os professores não merecem esse tipo de comportamento.

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