Como disse a jornalista Barbara Gancia, em texto publicado ano passado, o bom moço Kaká fez mais pelas relações entre o Brasil e o mundo do que uma legião de diplomatas. A figura do modelo aquele que arrasta por suas virtudes deixa aos poucos de ser uma cantilena dos antigos para se tornar uma necessidade nacional. Pode ser um desejo ingênuo, incapaz de alavancar nossa economia ou impulsionar o turismo. Mas se tornou uma nova afirmação da nacionalidade. O debate sobre a identidade tem poder de fogo para virar uma guerra ideológica, como aconteceu ao longo da primeira metade do século 20, quando a arte se ocupou da antropofagia e do tropicalismo. Na miudeza da vida, contudo, a questão é mais simples: o homem comum deseja ser representado. Lula, Kaká, Gisele e a própria Zilda Arns satisfazem esse desejo. O presidente tem muito do vizinho boa praça; o jogador se assemelha aos garotos da redondeza e a supermodelo tem o jeito das nossas meninas. E a ativista é como nossa mãe, que reserva algumas horas do dia para ajudar os outros.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano