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O Paraná vive um momento particularmente auspicioso do seu desenvolvimento. Situação positiva que, no entanto, não esconde as ameaças que podem conspirar contra o bom ritmo da economia estadual. Referimo-nos particularmente às reconhecidas deficiências de infraestrutura que tem o estado, verdadeiros gargalos inibidores da expansão do crescimento paranaense. Essa é, justamente, a questão central na qual vêm se debruçando os representantes das entidades integrantes do Fórum Permanente Futuro 10 Paraná. Buscando uma sinergia de atuação entre governo, iniciativa privada e a sociedade em geral, o Fórum tem como meta colaborar na formulação de um plano estratégico integrado de desenvolvimento para o estado.

Com esse propósito, os representantes da entidade estiveram reunidos ontem com o governador Beto Richa e alguns integrantes da bancada federal do Paraná. Na pauta, o elenco de reivindicações do estado em torno dos investimentos necessários na área dos transportes, compreendendo os modais portuário, aeroviário, ferroviário e rodoviário. O desafio colocado nas discussões de ontem, na Federação das Indústrias, foi a viabilização de R$ 6 bilhões em recursos, como forma de suprimir os entraves ao desenvolvimento paranaense no médio e longo prazo. Do total de R$ 6 bilhões, propõem as entidades que R$ 480 milhões sejam derivados de emendas ao orçamento do governo federal já no próximo ano; outros R$ 5,57 bilhões, defendem, poderiam ser incluídos no Plano Plurianual 2013-2015.

Com efeito, a necessidade desse dinheiro para aplicação em obras inadiáveis de infraestrutura se justifica plenamente pelo comportamento que vem demonstrando a economia estadual. Com a previsão de o Paraná atrair capitais privados que podem atingir a R$ 15 bilhões nos próximos anos, esse colossal volume de recursos exigirá respostas eficientes para as deficiências na estrutura logística hoje disponível. Após o marasmo dos últimos anos, à míngua de investimentos expressivos em obras prioritárias para o crescimento, a mobilização que une setor público e iniciativa privada é um fato a ser enaltecido. Mais ainda, espera-se, seja o sinalizador de um novo patamar de entendimento da sociedade organizada, que através de ações coordenadas tem maior poder de mobilização e convencimento.

O êxito de empreitadas dessa natureza também passa pela participação dos representantes paranaenses no Congresso Nacional. Acima das diferenças partidárias, deve prevalecer o interesse do Paraná, que necessita de uma bancada unida e participativa para garantir a viabilização dos projetos prioritários. Com essa finalidade, o secretário de Planejamento do governo do Estado, Cassio Taniguchi, e o representante do estado em Brasília, Alceni Guerra, dão início hoje a uma série de reuniões com os parlamentares paranaenses. Na pauta, justamente, a discussão das emendas ao orçamento do próximo ano de interesse direto do Paraná. A definição e o acompanhamento na tramitação têm a sua razão de ser diante da constatação de que o estado chega a perder, por ano, cerca de R$ 200 milhões em emendas de bancada simplesmente pelo fato de que não são empenhadas. Esta é a realidade que se espera comece a ser mudada com encontros como esse de ontem, que visam à união e à integração da sociedade civil organizada com os governos estadual e federal em prol de nosso estado e nossa gente.

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