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O episódio que envolveu dois funcionários da Assembleia Legislativa, diretamente ligados ao seu próprio presidente, o deputado Nelson Justus, flagrados numa operação da Polícia Federal em atividades ilegais de extração de palmito no litoral paranaense, traz-nos à consciência a constatação de que há muito ainda a ser depurado nos costumes políticos. Se é lamentável o nível dos que buscam o voto e a confiança dos eleitores para obter mandatos, revela-se agora também o quão lamentáveis são os processos de escolha de que se utilizam para nomear seus assessores. O caso dos palmiteiros que ganhou manchetes nesta semana não é exceção e nem o parlamentar a que respondiam é o único, o pior ou que mais deva ser condenado pela má companhia que escolheu. Na verdade, o caso é apenas um dos muitos que diariamente frequentam as páginas dos jornais. Um exemplo é o que ocorre atualmente (apenas para citar um exemplo) no Senado Federal – onde a teia formada pelo conluio entre seus altos dirigentes e funcionários ditos de confiança chega à opinião pública no formato de escândalo.

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