Depois de 14 meses do início da série Diários Secretos, que apresentou denúncias de irregularidades na Assembleia Legislativa, o Ministério Público (MP) tem ainda muito trabalho pela frente. São quase mil funcionários e ex-servidores da Assembleia que estão sendo investigados pelo MP por suspeita de terem recebido salário sem dar expediente na sede do Legislativo, no período entre 2003 e 2010. Em matéria publicada nesta Gazeta do Povo na edição de ontem, mais do que número de envolvidos estão os principais parlamentares investigados. São eles o atual presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB); seus funcionários e ex-funcionários; e os outros cinco deputados que também poderiam ter tido servidores que não trabalharam. Todos negam as acusações e o presidente da Assembleia diz que as denúncias surgidas neste momento envolvendo seu nome fazem parte de uma campanha de desmoralização. As forças ocultas até podem existir, mas todas as denúncias fundamentadas devem ser investigadas e o MP deve dar um recado ao Legislativo: com a nova legislatura, espera-se que o funcionamento da Casa tenha melhorado. Mas o passado não ficará esquecido e as notícias de irregularidades devem ser investigadas até o fim.

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