Ainda é cedo para comemorar, mas a reação da taxa de câmbio provocou um início de alívio tanto para os exportadores como para os que se preocupam com a situação da economia brasileira. Com o preço do dólar estacionado abaixo de R$ 1,70, muitas empresas exportadoras caminhavam para a falência, enquanto outras estavam desativando suas vendas ao exterior. Além de provocar redução da produção nacional e, por consequência, desemprego e problemas sociais, o atrofiamento do setor exportador poderia levar o Brasil a ver suas contas com o resto piorarem a ponto de minar uma das grandes vantagens do país nesta fase de recuperação pós-crise, que é a boa situação de reservas internacionais. Outro efeito negativo da perda de condições competitivas para vender ao mercado externo é que recuperar clientes perdidos é sempre um processo dificílimo. Embora o aumento na taxa de câmbio encareça os preços em reais dos produtos importados, o que pode provocar alguma inflação, muitos analistas acreditam que o dólar na faixa dos R$2,20 seria bom para manter as exportações sem botar fogo na inflação interna. É esperar para ver.
Editorial 2
