Num país com as dimensões do Brasil, a centralização dos investimentos em infraestrutura faz com que os projetos dificilmente sejam bem direcionados. Hoje os recursos destinados a rodovias, ferrovias, portos e aeroportos são gerenciados pelo Ministério dos Transportes, em Brasília. Governantes regionais precisam se fazer notar para que a importância dos problemas que seus municípios enfrentam diariamente seja reconhecida. A aprovação e a execução dos projetos levam tanto tempo que atravessam gestões e décadas, em meio a um processo burocrático que parece sem fim. Essa própria estrutura revela-se dispendiosa uma vez que precisa ser monitorada de todos os lados. E nisso há gasto de dinheiro que poderia ser empregado em estudos e desenvolvimento de projetos que viabilizassem a construção da infraestrutura necessária a cada região. Esse é o lado B da tão esperada reforma tributária, que poderia mudar a forma como são distribuídos os elevados impostos brasileiros.

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