Passadas as eleições e a posse, o atual governo do estado apresentou o balanço das contas. Exagerou ao dizer que o governo anterior deixou um rombo, mas tem uma notícia péssima ao funcionalismo público: não poderá dar reajuste a diversas categorias. Isso porque no ano passado o Executivo gastou 46% da Receita Corrente Líquida (RCL) com a folha de pagamento. O limite é 49%, mas o Paraná já opera quase no sinal de alerta, se o gasto chegar a 46,55%. A situação atual da receita do estado não é nada confortável e, mesmo que a arrecadação aumente neste ano, não sobrará muito para reajustes. Foi promessa de campanha de Beto Richa (PSDB), que agora terá de enfrentar a pressão do funcionalismo. Apenas uma categoria, a dos policiais, deve ser beneficiada neste ano, pois uma lei, que começa a vigorar em abril, garante a incorporação de gratificações nos salários dos policiais militares e civis. Essa medida trará um impacto de R$ 50 milhões mensais na folha de pagamento, engessando ainda mais a possibilidade de uma política de reajustes. Caberá ao governo saber dialogar com as diversas categorias e apresentar um plano, se não quiser enfrentar manifestações por todo o Paraná.

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