Não resta dúvida de que a educação é a base para tudo na vida, a ressalva que se faz é quanto à qualidade da educação posta à disposição. O Brasil, sabidamente, tem sérios problemas na área, que começam já nas primeiras letras e se estendem até o ensino superior. No caso deste, a avassaladora quantidade de cursos universitários acaba em parte provocando uma pura mercantilização que desemboca na formação de maus profissionais para o mercado. O Direito não foge à regra diante da profusão de faculdades jurídicas hoje existentes no país, situação que vem preocupando seriamente a OAB. Pela relevância, o tema foi discutido na terça-feira, na 21.ª Conferência Nacional dos Advogados, que está sendo realizada em Curitiba. A avaliação dos participantes é de que o ensino jurídico no país vive hoje um caos, fruto da frouxidão em relação às exigências que deveriam nortear a qualificação dos cursos. Contra este estado de coisas foi aprovada, na Conferência, a volta do selo "OAB Recomenda", pelo qual serão destacadas as 90 melhores escolas de Direito hoje disponíveis. Uma iniciativa que deve ser enaltecida pelo propósito que tem de indicar aquelas que oferecem um ensino jurídico que efetivamente garante a formação do futuro bacharel. Uma proposta, aliás, que perfeitamente poderia ser adotada por todos os demais cursos universitários.
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