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O Congresso Nacional discute esta semana, no âmbito da Comissão de Re­­lações Exteriores do Senado, o in­­gresso da Venezuela no Mercosul – medida já aprovada por parlamentares da Argentina e do Uruguai. O governo já tem os votos necessários para aprovar a adesão na comissão, como deseja. Como o aval da Câmara já foi dado, a próxima etapa deve ser a submissão do assunto ao plenário do Senado. É óbvia a inconveniência de se abrigar no bloco uma nação em que se registram atualmente perseguições à imprensa, intervenção na economia e cerceamento à livre iniciativa. Por outro lado, é preciso levar em conta o argumento de que o povo da Venezuela não pode ser punido por um "presidente de ocasião". O país é maior que Chávez e, justamente por viver sob a égide de um governo autoritário, precisa de grande solidariedade dos vizinhos. A discussão é das mais empolgantes para os que acompanham as idas e vindas da geopolítica. A pressa do governo brasileiro em dar o sinal verde a Chávez, no entanto, é puramente política. Isso porque a decisão não terá efeito prático enquanto o Paraguai, também integrante do Mercosul, não ratificar o ingresso venezuelano. E, por lá, a discussão nem mesmo começou.

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