Uma em cada 15 crianças brasileiras com idade entre 5 e 15 anos é explorada em atividades laborais no Brasil. Em 2008 havia mais de 2,1 milhões de crianças e adolescentes usados como mão de obra barata. Dois anos antes o número era 21% maior. A redução se deve ao aumento nas ações de combate ao trabalho infantil em todo o país. Uma dessas medidas é promovida pelo Ministério Público do Trabalho em Almirante Tamandaré e Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba. O projeto possibilita que alunos de escolas públicas desses municípios tenham acesso a informações que servirão como base para erradicar essa exploração. Além disso, o governo federal possui o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, que atende cerca de 800 mil crianças em todos os estados; e investe R$ 20,6 milhões em transferência de renda para as famílias manterem seus filhos nas escolas. O Ministério do Trabalho também ampliou a fiscalização. Entre 2007 e 2008 o número subiu 13%, e o número de adolescentes encontrados nessa situação caiu 3,5% no mesmo período. Tais medidas são importantíssimas, mas sozinhas não acabam com o problema. É importante que a sociedade faça também a sua parte: denunciando casos assim e, principalmente, não aceitando mão de obra infantil.
Editorial 2
