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O ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, disse ontem estar "tranquilíssimo" por já ter dado todas as explicações necessárias sobre o seu trabalho como consultor, atividade que lhe rendeu entre 2009 e 2010 a nada desprezível soma de R$ 2 milhões. Apesar da tranquilidade demonstrada por Pimentel, a verdade é que as suspeitas de tráfico de influência que recaem sobre ele após ter deixado o cargo de prefeito de Belo Horizonte são sérias e merecem ampla investigação. Sintoma de que nem tudo está um "céu de brigadeiro" foi a exoneração, quinta-feira, da prefeitura da capital mineira, de seu sócio Otílio Prado, da empresa de consultoria. Juntos, Pimentel e Prado prestaram supostos serviços de assessoria, entre outros, para a poderosa Federação das Indústrias de Minas Gerais, embolsando a bolada de R$ 2 milhões. Sintoma também de que a denúncia envolvendo Pimentel trouxe abalos é a preocupação do governo em blindar o ministro-consultor, evitando que seja convocado para dar explicações à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Como no ditado, quem não deve não teme, mas nesse caso...

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