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Não deixa de ser significativo o gesto do Itamaraty de conceder o visto de turista para a blogueira cubana Yoani Sánchez vir ao Brasil em fevereiro. Crítica do regime dos irmãos Castro, Yoani viria para o lançamento do documentário Cuba-Honduras, no qual ela é uma das entrevistadas. A liberação do visto à dissidente ocorre a poucos dias da visita de Dilma Rousseff a Cuba, marcada para começar no próximo dia 31, o que poderia, a princípio, provocar algum tipo de saia justa para a presidente brasileira. Ainda que isso ocorra, o que é improvável, o relevante no gesto é o apoio dado à jovem, que não tem autorização para viajar em razão das denúncias que faz à violação dos direitos humanos na ilha de Fidel. Agora, depende do governo castrista autorizar a saída de Yoani o que, se não ocorrer, tornará inócua a concessão do visto pelo Brasil. Seja qual for o desfecho do caso, o fato mostra que a cartilha diplomática lulista de fechar os olhos às violações aos direitos humanos em países como Cuba, Irã e Venezuela não é seguida exatamente no mesmo tom por Dilma.

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