De quem o presidente Lula menos pode reclamar é das elites brasileiras. Se essa elite, tão criticada ultimamente nos discursos petistas, viu um dia com receio a ascensão de Lula ao poder e até manifestou alguma impaciência com ele, não se pode dizer que ela ainda nutre algum ressentimento a ponto de tramar alguma conspiração. Essa jogada de tentar justificar tudo de ruim que está ocorrendo com o PT como sendo manobra das elites para desestabilizar o governo é uma grande bobagem, sem pé nem cabeça. Considerando que Delúbio Soares e Sílvio Pereira também já invocaram esse absurdo, o presidente Lula deveria pensar melhor antes de aderir a tal "estratégia".

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Rubens Santos, empresárioCuritiba, PR

Indignação

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Lendo a reportagem "Cultura da corrupção", é inevitável o sentimento de revolta e indignação. Este assunto constantemente está em toda a mídia. De vez em quando, outros assuntos relacionados à violência ou a catástrofes ganham espaço; mas essa palavra "corrupção", tão incômoda, tem sido um eco, um tormento constante em nossas cabeças. Isso já vem de longe e está indo longe demais, num país que se diz democrático e em mudanças. É revoltante porque sabemos que estes senhores engravatados estão no "ringue" por causa de dinheiro que, de direito, é do povo brasileiro. É lamentável que o povo não tenha a consciência da sua força. Por isso vai remoendo esse sentimento que consome a "auto-estima de ser brasileiro", somado com o imenso esforço em sobreviver neste país tão desigual. É como derrotar um Adamastor por dia, monstrengo da obra Lusíada. Anseio pelo dia em que nosso povo se levante das cinzas, com a força de Fênix, dê um basta nesta vergonha e mostre a esses "senhores distintos, bem educados, engravatados e diplomados" quem manda neste país. Um dia, quem sabe...

Lúcia da Luz Reguel Silvestri, professoraPalmital, PR

Multa em excesso

Segundo o diretor do Dnit, o radar no Vossoroca está multando 30.000 motoristas por mês. Absurdo! Todos os radares instalados em Curitiba, juntos, estão multando 14.000 motoristas por mês (junho/05). Será que não há nada de errado com um radar instalado em uma rodovia de alto tráfego, em descida? Penso que a função do Dnit seria corrigir os defeitos da pista naquele local para que não haja mais acidentes e não punir os motoristas por terem que utilizar uma rodovia com defeitos de construção. A ponte do Vossoroca está há meses com a mureta de proteção quebrada e a única coisa que o Dnit fez foi pintar de branco o resto da mureta que ainda não caiu. Está lá para quem quiser ver (cuidado para não cair na represa). É muito mais fácil multar do que corrigir seus próprios erros. Desse jeito, logo teremos radares nas pontes do Capivari e outras que estão caindo por aí, por culpa de nós, contribuintes. É o retrato do governo Lula.

Antônio César Kuwahara, gerente administrativoCuritiba, PR

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Ética esquecida

A minha geração, que arriscou a vida por um mundo melhor, está em estado de choque com o despreparo da ex-direção do PT. Perguntas que só a história poderá responder: como, num regime capitalista, um partido de esquerda que galga pela primeira vez o poder subestima a ética e a moral burguesa? Diz-se burguesa devido sua hipocrisia. Como o próprio PT que priorizou na sua trajetória, equivocadamente, essa questão da ética e da moral caiu na própria armadilha?

Antônio Negrão de SáRio de Janeiro, RJ

Palavras...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem, como se sabe, diversos problemas com a língua portuguesa. O que nos causa maior indignação é o fato de o presidente sempre se referir ao Brasil como "este país". Na Gazeta do Povo do dia 21 passado, no Caderno Brasil, há uma matéria sobre a fala do presidente em Recife, no câmpus da Universidade Federal de Pernambuco. Lá, em duas oportunidades, assim se manifestou o presidente: " Doa a quem doer, machuque a quem machucar, sensibilize a quem sensibilizar, este país não fugirá ao seu destino"; posteriormente, ele disse: "Em 30 meses, chegamos a 3.135.000 novos empregos de carteira profissional assinada neste país". Ficamos a imaginar que a palavra "Brasil", lindíssima, deve ser de difícil pronúncia por parte do presidente, assim como as palavras e expressões "moralização", "apuração rigorosa e isenta", "ética e transparência", "exoneração", "péssimo exemplo", etc. O provérbio latino "palavra volant, escripta ficunt" (as palavras voam, os escritos ficam), cabe perfeitamente nos inúmeros improvisos que o presidente Lula costuma fazer, onde cabem as frases com o óbvio nelas contido ("minha mãe nasceu analfabeta"), e das quais nada ou quase nada se aproveita. Finalmente, na mesma solenidade no Nordeste, ele nos brinda com mais uma de suas frases antológicas: "Quando a gente fala de improviso, a gente pode cometer um erro e falar uma palavra imprevista. Mas, em se tratando de bobagem, é melhor a gente falar do que a gente fazer". É a estrita verdade. Só que além de falar, ele fez.

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Hélio Azevedo de CastroCuritiba, PR

Coração ou cabeça?

Dando continuidade às bobagens ditas pelo presidente, fomos presenteados com mais uma: "O Brasil é para ser governado com o coração." Ledo engano, sr. presidente. O Brasil como qualquer outro país precisa ser governado com a cabeça, por pessoas que tenham moral e ética. Em seu desafio, ao dizer que não há brasileiro capaz de lhe falar em moral, eu discordo porque eu trabalho, pago meus impostos (altíssimos por sinal), e não leso a empresa que trabalho, bem como a nação. Sr. Lula, falar bobagem é tão ruim quanto fazer bobagem. Tenho sentido que o sr. quer se impor pelo grito. Como dizia uma amigo alemão, quando você levanta a voz para discutir um assunto é porque está errado e tenta intimidar a pessoa pelo grito.

José Saez NetoCuritiba PR

Preconceito

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A propósito de notícia dando conta da intenção do deputado padre Paulo de garantir cota em universidade pública para integrantes dos sem-terra: este país está um caos graças a iniciativas demagógicas de parlamentares. Existem outras categorias mais discriminadas na sociedade que os integrantes do MST – os travestis, por exemplo (aliás, como professor universitário, não tenho visto nenhum deles nas instituições de ensino onde leciono). Que tal estabelecer, antes, cotas nas universidades para os GLBT?

Luiz Tomita, professorCuritiba, PR

Violência

Não consigo entender porque autoridades insistem em dizer que a violência está cada vez mais difícil de se conter, se medidas muitas vezes tão simples poderiam diminuir a incidência. Há uma sucessão de assaltos nos terminais de ônibus e a população indefesa não tem nem ao menos a quem recorrer porque a prefeitura/Urbs preocupa-se em colocar pessoas para "vigiar" quem tenta entrar nos terminais sem pagar passagem, mas se alguém é assaltado, ninguém vê ou faz de conta que não vê. Um motorista foi agredido dentro do banheiro de um terminal porque havia chamado a atenção de alguns torcedores que faziam arruaça dentro do ônibus que ele dirigia. Com a agressão, e perdeu a visão de um olho. Meu filho foi assaltado dentro do terminal do Portão em plena luz do dia por desocupados que insistem em ficar nesses locais à procura de vítimas e não são importunados por ninguém. Será que colocar guardas municipais dentro dos terminais de ônibus é tão difícil para a prefeitura? Ou teremos que mais uma vez ceder a esses marginais, nos resignar e ficar em casa?

Eliane NegrãoCuritiba, PR

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Avenida Kennedy

Com relação às considerações feitas pelo leitor José C. Kummer, sobre o trânsito na Avenida Kennedy, a Diretoria de Trânsito (Diretran) esclarece que, embora as obras de sinalização ainda estejam em fase de execução, os serviços já foram completados em todos os pontos de contorno implantados ao longo da via. Os agentes de trânsito que atuam na área intensificaram a fiscalização para verificar os problemas de desrespeito à sinalização, apontados pelo leitor, no retorno existente entre as ruas Morretes e Ponta Grossa. A Diretran informa também que próximo à Rua Ponta Grossa, na esquina da Kennedy com Francisco De Mari, será ainda instalado um semáforo. Completando a sinalização, estão sendo realizadas obras de balizamento que incluem a colocação de tachas refletivas para orientar a conversão na esquina da Rua Marechal Floriano. Embora a instalação desses acessórios não seja obrigatória em faixas exclusivas para conversão, a Diretran optou por implantar as tachas para facilitar ainda mais a orientação aos motoristas que desejam entrar na Rua Marechal Floriano e seguir em direção ao Prado Velho.

Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba

Vandalismo

A cada dia, fico mais indignada ao sair de casa ou mesmo vendo na televisão como aumentaram os atos de vandalismo em Curitiba. Correm risco de morte pelo prazer de pichar nas alturas. Recentemente, uma escola municipal localizada no Xaxim foi arrombada. Além do roubo, também depedraram tudo o que pudesse ser destruído: vidros, móveis, portas e até ferros do parquinho que ficaram retorcidos. Não querem saber se o patrimônio é público, particular ou histórico. Tudo está sujeito às ações desses animais que se dizem racionais e a cada dia deixam suas marcas em todos os lugares por onde passam. Assim, o problema vem aumentando e algo precisa ser feito para detê-lo. Mas o quê? Alguém tem sugestões?

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Célia do Rocio Feijó, professoraCuritiba, PR

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