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bom dia

Enquanto a Lava Jato trabalha, Lula e o PT armam um circo político

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A proximidade do depoimento de Luiz Inácio Lula da Silva a Sergio Moro evidencia a forma distinta como réu e juiz tratam o momento mais esperado do caso do tríplex do Guarujá, no âmbito da Operação Lava Jato. 

Moro negou o pedido de Lula para que o depoimento fosse gravado em áudio e vídeo pela sua defesa. Alegou ver no petista a clara intenção de transformar o interrogatório em evento político-partidário. À noite, voltou a negar que a oitiva consista em um confronto entre ele e Lula. E reforçou o apelo do vídeo divulgado sábado à noite, pedindo aos apoiadores da Lava Jato que não vão às ruas amanhã. “Melhor que seja um jogo de torcida única. E eu não sou um dos times em campo. Sou apenas o juiz”, disse, em evento na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) acompanhado por Durval Ramos.

O pedido de Moro - e a determinação da Justiça para que não haja acampamentos pela cidade - não devem ser atendidos. O acampamento a favor da Lava Jato, em frente ao prédio da Justiça Federal, até foi desmontado, porém haverá atos de apoio por Curitiba. O Movimento Brasil Livre (MBL) manteve suas caravanas e trará o Pixuleco a tiracolo.

Apoiadores de Lula (MST à frente) ergueram suas barracas próximo à Rodoferroviária. A militância petista foi orientada a viajar a Curitiba vestindo vermelho e a não entrar em provocações

A partir de hoje à noite, o movimento deve ser engrossado por lideranças do PT nacional. Até mesmo a ex-presidente Dilma Rousseff é esperada para manifestar apoio a Lula. A dúvida quanto ao ritmo de campanha que os petistas pretendem impor ao depoimento deve ser definitivamente desfeita com a subida de Lula ao palanque, na Boca Maldita, para um comício.

Tudo isso, claro, se houver depoimento. A defesa de Lula pediu a suspensão do processo ao Tribunal Regional Federal (TRF-4), sob alegação de não ter tido tempo para analisar documentação anexada pela Petrobras.

De arregalar os olhos

Fora do foco do depoimento, a força-tarefa do Ministério Público Federal recorreu da sentença de 15 anos e quatro meses de prisão, mais multa de US$ 1 milhão ao ex-deputado federal Eduardo Cunha. O pedido é de mais uma condenação a Cunha por lavagem de dinheiro, outra de evasão de divisas e a elevação da multa a US$ 77,5 milhões. O recurso será julgado no TRF-4, em Porto Alegre.

Nem nas plagas gaúchas

Destituída do Palácio do Planalto, Dilma Rousseff deve ter muita dificuldade para voltar a Brasília via Senado. Levantamento da Paraná Pesquisas mostra que a ex-presidente tem apenas 11% das intenções de voto ao Senado no Rio Grande do Sul. Ana Amélia (PP), Paulo Paim (PT) e Germano Rigotto (PMDB) estão à sua frente.

Santa de casa...

Favorita a assumir a presidência nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann não conseguiu eleger o presidente da sigla no Paraná. Seu chefe de gabinete, Arilson Chiorato, perdeu para Dr. Rosinha.

Privilégio de muitos

Estudo da Consultoria Legislativa do Senado aponta: 55 mil autoridades têm foro privilegiado no Brasil. No Rio de Janeiro, no Piauí e na Bahia, até vereadores têm a prerrogativa.

O que acontece com quem se opõe a privilégios históricos? Sofre processo de fritura. É o caso da presidente do BNDES, Maria Silvia, como conta Rodrigo Constantino.

Por falar em campanha

Lula não é o único em campanha aberta para 2018. Jair Bolsonaro também trilha seu caminho ao Planalto e Evandro Éboli acompanhou quatro dias dessa jornada. Deparou-se com um Bolsonaro menos granada sem pino e confiante na Lava Jato para derrubar alguns possíveis oponentes. “Do jeito que a coisa está, só vai sobrar eu”, disse.

Xepa francesa

Ricardo Amorim vê com alívio a vitória de Emmanuel Macron sobre Marine Le Pen, na França. O resultado diminui o risco de o mundo repetir as décadas de 1920 e 1930, quando um período de crise econômica aguda foi sucedido pelo surgimento de lideranças extremistas por toda a Europa - sim, ele fala do comunismo e do nazismo. 

O cordão dos puxa-sacos

Queridinho, papagaio, hiperatarefado, sabe-tudo, cérebro blindado e Papai Noel. Não é o grupo dos sete anões abatido pelo desemprego, mas sim os seis tipos de puxa-saco mais comuns nas empresas. Ei, você é um deles?

Vai um Netflix?

Para você que prefere o House of Cards Brasília, Rodrigo Ghedin dá o caminho das pedras para encontrar os filmes ocultos do Netflix. Aproveite antes que comece a franquia da banda larga.

O “S” da questão

Edson Campagnollo, presidente da Fiep, e Roberto Ellery Júnior, professor da Universidade de Brasília, debatem se a contribuição para o sistema S deve ser obrigatória. 

Querer acabar com o Sistema S – que funciona, muitas vezes até suprindo as deficiências dos serviços públicos – chega a ser uma irresponsabilidade”, diz Campagnollo.

A questão relevante não é se o Sistema S é importante – ele é. A questão é se deve ser financiado compulsoriamente pelas empresas – acredito que não”, diz Ellery Júnior.

No Paraná...

... Os cargos de Itaipu viraram um trunfo para Michel Temer manter na reforma da Previdência a histórica fidelidade da bancada paranaense.

... Rogerio Galindo calcula que, em seis anos de governo Beto Richa, a Copel foi obrigada a repassar a seus acionistas R$ 1 bilhão a mais que o exigido por lei.

... Hoje tem o primeiro sorteio da Nota Paraná em 2017. Os prêmios chegam a R$ 200 mil.

Em Curitiba

... Bruna Covacci explica por que viramos uma filial do Rock in Rio.

... A Fomento Paraná defendeu o leilão da Arena da Baixada para garantir o pagamento do empréstimo para a Copa e garantiu: não corre risco de falência.

... Se você passou ontem pelo Calçadão da XV, provavelmente viu um carro vermelho destruído e ficou sem entender o motivo. A gente explica pra você.

Este resumo é publicado de segunda a sexta-feira, sempre às 7 horas, e atualizado ao longo da manhã. Também é enviado por notificação para quem tem o aplicativo da Gazeta do Povo no celular (Android ou iOS).

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