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Estamos assistindo de longe aos acontecimentos na França, dos alongados protestos de imigrantes excluídos do contexto social, econômico e cultural daquela sociedade. Já há algum tempo, observo como tratamos imigrantes latinos (uruguaios, bolivianos, paraguaios, colombianos...), e não vejo por parte do governo nenhum projeto de inclusão dessas pessoas que já fazem parte de nossa população e que vivem marginalizadas da sociedade brasileira. Conseguimos assimilar e interagir com as imigrações do início do século e parece que fechamos os olhos para com nossos vizinhos fronteiriços. Vejo-os pelas ruas sem trabalho. Alguns vendendo artesanato – só estudantes realmente é que lhes dão atenção –, ou estão sendo explorados por trabalhos sem assistência trabalhista e previdenciária. Muitas são crianças que sequer estudam. É uma pena. Vejo muita hipocrisia dos brasileiros em estar sempre de acordo com a discriminação de outros países em relação aos imigrantes, mas não vejo nenhuma postura ou uma mera ação em defender um pouco os direitos dos nossos vizinhos.

Magna Mattos CruzCuritiba, PR

Combate à intolerância

Pouco aparecia na imprensa sobre o nazismo atual até a recente prisão de um grande número de adeptos. Das diversas notas e reportagens divulgadas, muito me agradou a da Gazeta do Povo de domingo, "Viagem ao subterrâneo da sociedade", de Luigi Poniwass. O repórter foi buscar termos e conceitos históricos para ilustrar, de forma excelente, a chegada e evolução dos ideais nazistas. Quem freqüenta a noite curitibana vê de perto essa dura realidade. Os "nazi" não têm medo de mostrar quem são, assumindo sua crença odiosa e vil. Andam em grandes grupos, armados e, alguns, sabem brigar muito bem. A população civil pode vencê-los facilmente nos argumentos, mas não há como reagir quando já se está cercado pelo bando. Esse é um problema real do nosso tempo, não podemos fingir que não existe o nazismo e toda perseguição aos negros, homossexuais e minorias diversas em Curitiba.

Marina de AlmeidaSão Bento do Sul, SC

Ensinar é o caminho

Concordo que devemos nos preocupar mais com a educação e o senso comum brasileiro do que com o comércio de armas no país. Se soubermos ensinar, evitaremos mais acidentes. E devemos ir além de ensinar a como usar e não usar uma arma. Devemos ensinar cidadania e a importância do voto numa democracia. Podemos começar isso fazendo "referendos" mais úteis e menos caros à população, economizando dinheiro e tempo, podendo assim investir em segurança e educação, que é o que trará realmente bons resultados. O governo do Brasil precisa entender que precisamos de resultados e não de "plebiscitos", como disse o governador Roberto Requião.

Amanda M. Lins, estudanteCuritiba, PR

Segurança

Dia desses, assistindo ao noticiário das 19 horas na RPC, vimos imagens de viaturas policiais, em péssimo estado, vigiando desmanches desativados a pedido da Justiça. É deprimente. Justificativa? O secretário da Segurança Pública falou que os carros mais novos não podem ficar ali, pois estão trabalhando na segurança da população. Que tal arrumar estes veículos também e colocá-los na rua para aumentar a nossa segurança? Para os guardas dos desmanches uma guarita resolveria. Ou não?

Horacílio Volpe Junior, administradorCuritiba, PR

Detran

Em meados de outubro, fui renovar minha Carteira Nacional de Habilitação no Detran-PR. Confesso ter ficado feliz com a eficiência e organização desse órgão tão criticado no passado. É visível o investimento na área de atendimento e estrutura. Oxalá se todos os órgãos públicos seguissem o exemplo.

Rafaelle M. Bittencourt FranceschiCuritiba, PR

Dúvidas

Gostaria de saber como anda o Conselho Municipal de Proteção Animal, aprovado pelo prefeito Beto Richa. Também gostaria de saber quem é que, na atual gestão, faz os planejamentos e monta as estratégias. Já que a prefeitura está fazendo uma campanha contra a dengue, por que não aproveitaram e não fizeram o cadastramento dos animais para que haja um maior controle no número de animais nas ruas.

Paulo R. C. PerseganiCuritiba, PR

Taxistas X motoboys...

Sem generalizar, expresso minha indignação quanto a atitudes de alguns taxistas e motoboys. Parece que, ao conduzirem seus veículos, estão em pistas de corridas. Não respeitam as leis de trânsito nem outros motoristas e se acham superiores a todos. Como apenas um exemplo ilustrativo, podemos observar na Avenida das Torres essas constantes atitudes imprudentes. Não respeitam a velocidade, não respeitam os sinaleiros, ultrapassam freqüentemente pela direita e andam "grudados" nos outros veículos. Peço às autoridades competentes maior fiscalização a essas categorias e maior conscientização por parte dos condutores.

Cesar Augusto dos Santos Curitiba, PR

Escravidão moderna

Meus cumprimentos ao professor Belmiro Valverde por seu artigo publicado na edição do domingo, 6 de novembro. Realmente, a dívida é impagável. Economizamos 80 bilhões para pagar os juros e não conseguimos pagá-lo integralmente. A dívida aumenta a cada ano e isto é uma espécie de escravidão moderna. Enquanto brasileiros morrem ou vivem miseravelmente pela falta do dinheiro que usamos para pagar os juros, o sistema financeiro agradece.

Geraldo Majella Teixeira, geólogo e advogadoCuritiba, PR

Pró-Afonso Pena

A reportagem sobre a necessidade de ampliação do Aeroporto Afonso Pena revela o risco que corre o estado do Paraná de perder mais uma oportunidade estratégica para o desenvolvimento. Neste quesito, levamos de goleada. Em Minas Gerais, o movimento Pró-Confins, com a participação ativa do governo mineiro, de políticos e da sociedade em geral, negocia com a Infraero a implantação de um aeroporto industrial alfandegado. Nossos vizinhos catarinenses organizam um poderoso lobby pela implantação de um aeroporto internacional de cargas em Navegantes. Eles já perceberam o imenso potencial de criação de empregos e de atividades econômicas induzidas pela atração de empresas produtoras de bens de elevado conteúdo tecnológico. Isso sem falar na arrecadação de tributos. E olha que nossas vantagens locacionais não são poucas: o terreno para a terceira pista já foi desapropriado; a proximidade do Porto de Paranaguá, da rodovia do Mercosul e da ferrovia cria possibilidades únicas de integração logística; a relativa proximidade de São Paulo permite até inverter o fluxo de cargas, dos congestionados Galeão e Viracopos para o Paraná.

José Rubel, engenheiro civilCuritiba, PR

Analfabetismo

O ministro Gilberto Gil afirma que a nossa cultura começa a se tornar uma prioridade do governo federal. Mas é muito difícil acreditar nisto sabendo que 52% das nossas crianças estão saindo das escolas públicas completamente analfabetas.

Ergógiro Dantas, pedagogo aposentado´Rio de Janeiro, RJ

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