Cada vez mais, estranhas situações vistas em nossa sociedade fazem-me lembrar daqueles filhos que criam problemas demais quando já adultos, ou ainda adultescentes, por falta de educação correta, demonstração dos limites necessários para a convivência social, excesso de mimos e falta de autoridade.
Nenhuma sociedade vive sem uma ordem estabelecida pela própria sociedade, por meio de uma Constituição e de leis que a regem. O surgimento do Estado tem exatamente essa gênese. Mas, quando essa ordem social é rompida, seja por crimes não resolvidos, por desvios de interpretação de provas cabais, por deformação da lei e da própria ordem, sem que se faça o necessário para restabelecê-la – ainda que a própria sociedade, assustada e escandalizada, assim o exija –, vamos observando o avanço da desordem.
O clima de “mais direitos” e nenhum dever gerou, além da impunidade, comportamentos estranhos, birrentos, de imposição pelo grito. Uma espécie de nova sociedade mimimi, fraca, covarde e com cada vez mais problemas sérios de cognição; uma sociedade na qual todos passam a se sentir ofendidos com tudo. Mal sabem que, em vez de “conquistarem mais direitos”, chegarão mesmo à anarquia, antessala do totalitarismo, seja da cor ideológica que for.
Atacar a imprensa e seus anunciantes, como vem fazendo um movimento alienígena denominado Sleeping Giants, é parte desse nefasto processo. Cabe investigar se suas ações são espontâneas, quanto isso custa, quem está pagando, e por quê. Rodrigo Constantino, colunista da Gazeta do Povo, foi o escolhido da vez por algo que tenha dito, com ou sem razão. Foi demitido de outros órgãos de imprensa.
Impediu-se, pela pressão, o debate na busca da verdade sobre o ocorrido com a citada moça. Estão impondo um clima de “terrorismo politicamente correto” para que todos tenham receio de expor suas opiniões. Ou até mesmo buscar a verdade, se for o caso. Fizeram, não importa a denominação do grupo, o mesmo no caso George Floyd nos Estados Unidos, à custa das vidas de dezenas de pessoas e incontáveis prejuízos materiais, em estúpidas “manifestações”.
Fez muito bem a Gazeta do Povo em manter o colunista. Fazem muito bem as empresas que decidiram manterem-se como anunciantes. Não à intimidação! A liberdade exige mais do que eterna vigilância. Exige atitude objetiva de enfrentamento dos inimigos da liberdade, em todos os sentidos, indo além das palavras: caso não cessem as agressões sofridas, que se busque a polícia, o Ministério Público e a Justiça. Tudo que estão fazendo contra a liberdade de expressão, contra a livre iniciativa, contra a geração de empregos, contra a geração de riquezas, por meio de ataques às reputações, terrorismo psicológico e intimidação, é passível de enquadramento criminal.
A sociedade precisa enfrentar o avanço dessas forças e se unir para defender o seu modo de vida! Este é o nosso normal, não a anormalidade com a qual nos intimidam. Tais pessoas não têm nada de gigantes, mas de zumbis; praticam terrorismo, passaram de todos os limites, não sabem discutir ideias; são portadoras dos discursos de ódio, acusando a sociedade exatamente daquilo que fazem. A civilização que eles combatem é a que tem instrumentos adequados para tratar até mesmo de ofensas morais, nunca com a barbárie.
Tal conclamação é, portanto, ao enfrentamento desta e de tantas outra situações semelhantes. Intimidação não é exercício da liberdade de expressão.
Que a Gazeta do Povo, as empresas atingidas, a Associação Comercial do Paraná e todas as entidades classistas dos produtores, empresas e trabalhadores, se organizem, se unam na defesa dos ideais civilizatórios que nos trouxeram até aqui e que constituíram um Estado de Direito. Denunciem os agressores, para que se tomem todas as providências investigativas de maneira a identificar os responsáveis, incluindo os mandantes, e puni-los na forma da lei.
É a sociedade a gigante e, de fato, nós é que temos de acordar. Unam-se, compatriotas, vamos pôr um fim a todas as ameaças contra as nossas liberdades! Chega de mimimi, é hora de agir!
*Thomas Korontai, empresário e autor de livros, é fundador e presidente do Movimento Federalista.
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