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Coluna do leitor

A volta dos bingos

É lamentável que a mente dos nossos políticos não evolua em relação a esta questão de lavagem de dinheiro feita por bingos e cassinos (Gazeta, 17/9). Isso é, na verdade, um problema que tem de ser fiscalizado com mais rigor, e não privar as pessoas do direito de gastar seu dinheiro da maneira que mais lhe convenha. De que serve tantas viagens dos políticos ao exterior se eles não são capazes de aprender e seguir os exemplos dos outros países?

Elizeu Ribeiro

Lei antifumo 1

Na condição de restauranteiro tenho acompanhado detalhadamente a polêmica em torno da lei que proíbe o fumo em locais públicos fechados, em especial restaurantes (Gazeta, 17/9). Quero dizer que a polêmica que alguns restauranteiros estão fazendo não condiz com o discurso. Mesmo porque hoje em grande parte da Europa está proibido o fumo em cafeterias, restaurantes, bares e locais públicos. Entendendo que o fumante deve ter em mente que ninguém é obrigado a dividir fumaça. A medicina comprova que a fumaça do cigarro é muito prejudicial ao não fumante, como também a crianças e pessoas idosas. Tenho a dizer que o discurso da queda do faturamento não existe. Vamos sim melhor os serviços e qualidade no atendimento. Sou favorável 100% à proibição ao fumo em locais públicos.

Augusto Santos, restauranteiro

Lei antifumo 2

Considero que faltou o debate em relação a nova lei antifumo, já que irá interferir no direito de ir e vir de cada um. Movimento em restaurantes não deve mudar, mas já em bares inicialmente haverá uma diminuição. E os fumantes que forem frequentarão mais o exterior do bar que o interior. Bebida com cigarro para o fumante é a combinação exata. Sem poder beber e fumar no mesmo local, vão dar preferência aos lugares em que se tenha fácil acesso para beber e fumar na rua.

Alexandre Gregório

Lei antifumo 3

Se for declarada a "guerra", já estou me alistando do lado da proibição total do fumo. E sei que estou do lado certo, pois o que está em jogo é a saúde da população. Nossos políticos não podem ceder ao lobby do cigarro e devem manter a lei sem qualquer abertura. Chega de fumaça!

Gumercindo B. Moroz

Taxação da poupança

O governo pune quem é eficiente, e premia o perdulário, o esbanjador. O depositante em caderneta de poupança até R$ 50 mil não pagará imposto nenhum (Gazeta, 16/9). Acima disso incidirá uma alíquota de 22,5%. Além de ser um projeto discriminatório, trata-se de um confisco, uma vez que a incidência recairá apenas sobre um determinado segmento da sociedade. Tenho a impressão que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara ou do Senado não irão aprovar tal absurdo.

Antonio Pereira, contador, Londrina – PR

Gastos dos parlamentares 1

Com relação a reportagem sobre a apresentação de notas de altos valores para reembolso de alimentação por parte de políticos (Gazeta, 14/9), acredito ser uma incoerência tamanho gasto ilimitado de dinheiro público frente aos problemas enfrentados por grande parte da população com relação à fome e à luta para conseguir o pão do dia a dia. Se grande parte dos trabalhadores que recebem vale refeição possuem um limite diário para tal custo, o mesmo deveria se aplicar aos nossos representantes no governo. Se as reuniões são necessárias, utilizem deste limite, e, se querem fazer em um local mais caro, que paguem do bolso a diferença.

Marcelo Takashi Uemura

Gastos dos parlamentares 2

Que vergonha a nossa Assembleia Legislativa Estadual. Os gasto é maior que os gastos dos deputados federais. Pagar almoço para família com nosso dinheiro é um absurdo. Se for feita uma auditoria séria, certamente muitos dos comprovantes serão de notas frias.

Carlos Cotta

Indicação STF

Se antes, Lula já tinha os seus interesses atendidos pelo STF, agora, com a indicação, e aprovação certa, do petista José Toffoli para a vaga de Carlos Alberto Direito, o oitavo indicado por ele dentre 11 ministros, vai deixar aquela Casa sob seu domínio (Gazeta, 17/9). Com toda a independência e com a ética dos ministros, a gratidão pela indicação deve pesar consideravelmente. Os ministros do STF deveriam ser escolhidos pela Ordem dos Advogados do Brasil, pelo Ministério Público e pelos órgãos que representam a magistratura, e não pelo presidente da República, que faz uma escolha muito mais política do que técnica.

Ronaldo Gomes Ferraz

Castração dos pedófilos

A castração química é uma solução imediata já testada e aprovada em outros países (Gazeta, 16/9). Temos urgência em proteger as pessoas indefesas. Segundo estudos realizados recentemente, há um predador sexual por milha quadrada nos Estados Unidos atualmente.

Carlos Alberto Avi Rodríguez

Redução da jornada

Sou totalmente contra a redução da jornada de trabalho. Isso já é normal se aparece um crescimento financeiro ou social do país que logo é proposta uma lei ou emenda constitucional para que retarde ou diminua o crescimento do país. Para a Fiesp, a redução na jornada de trabalho poderia aumentar o preço dos produtos para o consumidor final. Já basta! Chega do Brasil ter a fama de país preguiçoso, de país que pouco produz. Porém cheio de vitórias que são consideradas, por outros países de primeiro mundo, pura sorte de um povo simpático dono do famoso "jeitinho brasileiro".

Mariana R. Gaspar Corrêa, Paranaguá, PR

Violência policial 1

O artigo do jornalista Rene Ruschel, "História da polícia que mata", publicado na Gazeta do Povo (17/9), toca o dedo num sentimento que é da maioria da população: o medo da polícia. De fato, porque ela age de forma tão violenta? Meus pais, ambos com mais de 60 anos, viveram um situação que os deixou traumatizados. Cercados por policias fortemente armados foram abordados numa operação da PM e tiveram o carro, bolsas e malas revirados, remexidos, sem o menor respeito. Eles, os policiais, justificaram a ação afirmando que "velhos também roubam e são malandros". Claro que a abordagem poderia ser feita, mas bastava olhar aquele casal indefeso e frágil para saber que não representavam nenhuma ameaça à vida dos policiais. Parabéns ao jornalista.

Elaine Simão Azevedo, socióloga

Violência policial 2

No Brasil, o tema segurança pública é, sem dúvida, um dos mais complexos. O jornalista René Ruschel comentou com muita propriedade a questão da violência da polícia, que, aliás, é um fato inegável. Mas confesso que não vejo solução para o problema a curto prazo e muito menos com as instituições vigentes. A violência, muitas vezes, começa dentro das casas, vai à escola com adolescentes e jovens que agridem professores, "caminha" com as pessoas pelas ruas, no trânsito, vai ao trabalho e culmina com homens mal pagos – o que não justifica – e armados que são nossos policiais. O que esperar deles? Muito pouco. Parabéns ao jornalista pelo tema abordado. Sugiro aos governadores que o debate sobre essa questão seja aprofundado, afinal, a violência nunca rondou tanto nossas casas como nos dias de hoje.

Júlio Lorena Campos, engenheiro e professor

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