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Coluna do leitor

Abastecimento de água 1

A Gazeta do Povo de sexta-feira publicou uma reportagem nos incentivando a economizar água. Há mais de dois anos, consumindo somente 6 a 7 metros cúbicos por mês, estou pagando, como muitos outros, por 10 m3 mensais. Isso não nos estimula a economizar água tratada. Pelo contrário: vejo muita gente lavando calçada ou carro com mangueira, com a desculpa de que paga mais que o consumido. Para complementar, ainda pagamos pela rede de esgoto, pela mesma quantia não utilizada. A Sanepar poderia criar um bônus anual, de uma mensalidade, para os que pagam pela água não consumida. Isso, sim, estimularia a economia.

José Mário Mello

Abastecimento de água 2

As seguidas matérias que tratam de como evitar a falta de água são recorrentes em não abordar uma questão fundamental: mananciais sem conservação de suas áreas naturais não conseguem abastecer a população. Limitando-se a preconizar diminuição de consumo, reuso e tratamento, os responsáveis por esta área referendam, mesmo que sem esta intenção, o descuido com as nascentes, com as matas ciliares e com a manutenção de áreas naturais em bacias hidrográficas de abastecimento. Assim não vamos nunca enfrentar este sério problema de frente.

Clóvis Ricardo S. Borges

Violência 1

Talvez tenha sido a cena mais impressionante que eu tenha visto, uma barbárie. Uma pessoa indefesa correndo, tentando salvar não só um patrimônio, mas a própria vida, sendo abatida como se fosse ela a delinquente, ou um animal feroz que faria mal a alguém. Esse caso, como outros que virão, simplesmente será tratado como estatística. Mais um número na escalada da violência, provavelmente mais uma ou duas pessoas na cadeia – se a polícia prender – para receber um tratamento digno e pago pela sociedade. Onde estão as estruturas de governo que cobram um absurdo de impostos para dar educação e segurança? Esse sentimento de perda ficará somente com a família. Para os demais, governantes e sociedade, cairá no esquecimento.

Cezar Freitas

Violência 2

Depois dessas explosões de caixas eletrônicos, está na hora de mudar tudo. Nos caixas de lugares públicos, somente deixar dinheiro até 21 ou 22 horas; depois disso, recolhe-se o numerário e centraliza-se em um único local com segurança armada, voltando tudo no outro dia às 8 horas. Os assaltos todos se dão nas madrugadas. Nas agências, cortina de aço no acesso aos terminais de autoatendimento. Se não dificultarem, vai continuar essa vergonha.

Hermes Carlos Bollmann

Eleições 1

Após o Brasil decidir nas urnas seu novo presidente, eleitores ressentidos com o resultado da eleição usam a internet para disseminar manifestações de ódio contra os nordestinos, onde Dilma venceu Aécio em todos os estados. As mensagens via redes sociais foram desde o singelo "destruíram nosso país" até desejos mais agressivos, como "que o ebola chegue ao Brasil pelo Nordeste". Vale lembrar, no entanto, que o desempenho de Dilma no Sul e Sudeste foi fundamental para seu triunfo. Mas não há raiva entre a população, com exceção de setores minoritários e radicais que espalham ódio e preconceito contra pobres, nordestinos, negros e mulheres, em um clima de animosidade.

Danilo Guedes Romeu, professor

Eleições 2

Parece-me que o pior desta campanha eleitoral foi o surgimento de uns maus brasileiros que, de maneira ensandecida, irresponsável e até desequilibrada, teimaram em inculcar na cabeça do povo a ideia esdrúxula de que somos compostos de facções: uma de pobres e outra de ricos. E, mais ainda, incitando ódio daqueles contra os demais. Inexiste essa dicotomia perversa! Somos um só bloco de cidadãos brasileiros batalhando, maciçamente, no dia a dia, pelo sucesso na vida.

Benedicto Bueno

Conselhos populares

Quem está contra os "ventos da história" é o ministro Gilberto Carvalho e sua turma da foice e do martelo, talvez ignorando que o Muro caiu em 1989 e muitos daqueles que um dia foram escravizados sob a bandeira totalitária que eles orgulhosamente empunham chegaram a banir propaganda comunista, tal a fobia à simples menção do nome desse sistema político que ainda tanto encanta gente anacrônica, mas que representa o atraso dos atrasos – o que, aliás, não é difícil de constatar, pelo que estão a exibir os números de nossa economia, assim como a de outros, na América Latina, que seguem as diretrizes do Foro de São Paulo.

Silvio Natal, São Paulo – SP

Cuba

"É preferível morrer de pé que viver de joelhos", declara um corajoso cubano após arriscar a vida para fugir da ilha em embarcação improvisada. O número desses fugitivos só tem aumentado (Gazeta, 28/10). Enquanto isso, o lulopetismo só aumenta as benesses aos tiranos que governam com mão de ferro a pobre ilha, desviando recursos do país para sustentar mais uma tirania. Se os médicos cubanos não estivessem com suas famílias retidas como reféns em Cuba e confiassem na justiça do governo brasileiro, imagino quantos já teriam pedido asilo em nosso país.

Marcos Lefevre

Reforma política

A reforma política que Dilma e o PT propõem é uma falácia, um engodo, é uma tentativa de golpe de cunho ditatorial, como bem escreveu o articulista Bernardo Santoro (Gazeta, 28/10). É querer tirar dos eleitores o direito de escolher seus representantes, desvirtuar a Constituição e dar poderes a grupos de militantes profissionais ligados ao PT para decidir os destinos da nação. É puro golpe! A população deve ficar atenta e reagir a mais esse ataque do PT contra a democracia.

Cláudio Slaviero

Taxa Selic

Durante a campanha eleitoral de triste memória, ouvimos repetidas vezes o partido do governo e sua candidata à reeleição atacar o concorrente dizendo que, se eleito, ele aumentaria os juros, o que causaria desemprego e demissão dos trabalhadores. Três dias após a reeleição, lá vem o aumento da Selic. É o começo de tudo que ela negava. O povo acreditou no que viu e vai receber o que não queria. Coisas da democracia.

Geraldo Buss

Economia 1

Para colocar as contas em dia, a presidente tem de diminuir ministérios e cargos em comissão. Sem cortar investimentos, bastaria seguir à risca as licitações e colocar os advogados da União em todas as grandes obras, para que fiscalizem o uso dos recursos na boca do caixa. Ir a fundo nas investigações das obras e das compras que já foram superfaturadas, para que sejam repatriados os recursos desviados. Quem sabe, lançar uma grande reforma na Previdência para se dividir o prejuízo, conforme cada beneficiário recebe, e diminuir o teto.

Antonio C. Dino

Economia 2

As despesas com pessoal, programas sociais, investimentos e custeio superaram as receitas em R$ 20,4 bilhões, ou seja, um rombo de R$ 15,7 bilhões. Os primeiros afetados? A indústria e o comercio. A maquiagem dos números exibida na campanha de Dilma traz à tona a dura realidade. Aqueles que criticavam os gastos do governo foram chamados de pessimistas, pois avistavam as consequências de uma má gestão. No entanto, depois das eleições, as notícias otimistas do governo estão sendo expostas. Enfim, um caminho que se avistava antes das eleições e só mostrado agora, o day after do Brasil.

Izabel Avallone, São Paulo – SP

Previdência 1

A propósito do artigo de Renato Follador (Gazeta, 30/10), no qual diz que será "impossível" acabar com o fator previdenciário em decorrência dos enormes déficits que causaria à Previdência Social, ele se esquece de que o déficit causado pela aposentadoria dos funcionários públicos é da ordem de R$ 60 bilhões e eles se aposentam com o salário "cheio", isto é, com todas as vantagens, enquanto pessoas como eu "contribuíram" com valores que correspondiam inicialmente à retribuição de 20 salários mínimos, posteriormente reduzida a apenas dez salários mínimos; nos vimos extorquidos pela segunda vez com a criação do "salário de referência", sempre inferior ao salário mínimo; e, pela terceira vez, fomos "tungados" com a criação do famigerado fator previdenciário. Trata se de enorme injustiça que já deveria ter sido corrigida, pois já contribuímos sobre 20 salários mínimos por mais de 20 anos; depois, contribuímos sobre dez salários mínimos, e agora não recebemos nem seis salários mínimos, enquanto o funcionalismo público continua desfrutando do seu antigo salário com todos os reajustes posteriores. Onde está a justiça desse sistema?

Jair Nisio, engenheiro agrônomo e ex-professor adjunto da UFPR

Previdência 2

Brilhante a análise e a solução proposta por Renato Follador. O ilustre articulista, contudo, deixou de abordar seis pontos: primeiro, a fator previdenciário foi instituído com a alteração das regras em pleno jogo, desrespeitando direitos adquiridos e sem prever um regime de transição, como agora propõe; segundo, a Previdência Social não reconhece mais a SB40, que beneficiava os professores, como eu, impedindo o reconhecimento do tempo de serviço nesse caso (e exerci essa missão por mais de 20 anos); terceiro, como resultado dessa torpeza, mesmo tendo recolhido em quatro fontes, pelo máximo, me aposentei com a percepção de menos da metade do que teria direito; quarto, o INSS obriga a gente como eu recorrer ao Judiciário para ver seu direito reconhecido, levando as causas, como bom litigante de má-fé, à última instância; quinto, como renal crônico e transplantado, teria pela lei vigente o direito ao valor integral, mas nem isso é reconhecido; quinto, e não menos importante, o desequilíbrio das contas previdenciárias se deve às nababescas aposentadorias dos servidores públicos, mas ninguém tem coragem de por cobro a essa imoralidade; sexto, o articulista não mencionou no artigo que boa parte do déficit previdenciário deve ser debitado aos desvios escandalosos, (lembram-se da doutora Jorgina?), à falta de controles e à desatualização cadastral, entre outros.

Fausto Lacerda Filho

MST

Conforme notícias de Brasília, o líder da oposição no Congresso Nacional, deputado federal Ronaldo Caiado, entrou com requerimento de convocação aos ministros Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) e Laudemir André Miiller (Desenvolvimento Agrário) exigindo explicações sobre um convênio assinado entre o governo venezuelano e o MST. De acordo com a imprensa oficial do governo Maduro, um grupo socialista-bolivariano está no Brasil para treinamento e desenvolvimento de comunidade a unidades do MST no Paraná e em São Paulo. Será que essa conversa de ajuda no campo não esconde interesses muito mais sombrios de uma invasão silenciosa no país, além de ser uma afronta à nossa Constituição?

Edgard Gobbi, Campinas – SP

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